Eleições

Em matéria eleitoral, o nosso país está a viver um período especial, já que tem eleições para o governo daqui por onze dias e quinze dias depois ocorre outra disputa eleitoral, desta vez para as autárquicas. Ou seja, no período de quinze dias, somos chamados a colocar quatro cruzinhas – uma para o governo da nação, outra para a Junta de Freguesia, outra para a Assembleia e outra ainda para a Câmara Municipal.

Muitos nem lá vão, mas desses não reza esta história.

Desta vez não há grandes comícios. Vemos painéis na rua com os candidatos à cadeira de São Bento em Lisboa e à cadeira da Câmara de Seia. Só o candidato Abrantes, da CDU de Seia ainda não se mostrou aos transeuntes senenses. Consta que só vão surgir os painéis depois do dia 27. Estratégia da CDU!

Na televisão vemos debates, tempos de antena, arruadas, arraiais da corrida nacional e pouco mais. Vemos um clima algo estranho, com esta mistura de eleições e com a incerteza de não saber se as primeiras eleições podem condicionar as segundas ou não. Se haverá efeito de contágio.

Seja como for, há quem faça campanha eleitoral autárquica de forma discreta, de terra em terra, pessoa a pessoa e se prepare para depois do dia 27 atacar em grande e em força de forma mais mediática para a comunidade local.

Provavelmente essa será a melhor estratégia. Ao governo o que é do governo e à Câmara o que é da Câmara.

Enquanto isso, falha o essencial - um grande debate, tão amplo quanto possível sobre as questões do concelho de Seia. Mas se calhar nem importa. O que é preciso é que o dia 12 de Outubro chegue depressa para voltar tudo à normalidade.