O meu discurso na cerimónia de inauguração da Residência Sénior do Sabugueiro, que foi presidida pelo Secretário de Estado da Segurança Social, Dr. Pedro Marques:
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"Senhor secretário de Estado
Minhas senhoras e meus senhores
Uma cerimónia de inauguração é sempre um acto simbólico que marca o início de qualquer coisa.
Neste caso, estamos perante um acto simbólico que marca um ponto de chegada e ao mesmo tempo um ponto de partida.
Ponto de chegada porque se concretizou a obra de ampliação deste edifício, juntando-se aqui toda a actividade da instituição, que anteriormente estava dispersa por dois edifícios.
E é simultaneamente um ponto de partida, porque depois deste trabalho feito, resulta a obrigatoriedade de abrir novas frentes na obra social que queremos concretizar. Porque há muito mais para fazer.
Por isso, e relevando para segundo plano o enfado que a cerimónia ou o discurso propriamente dito possam causar, queria aproveitar este momento que acaba por ser solene e demasiado importante na vida desta instituição, para tecer algumas considerações que se impõem.
Em primeiro lugar para agradecer o apoio concedido pela família Cabral – D. Irene e Ricardo – para que esta obra se executasse. A população do Sabugueiro em geral e a Direcção desta Associação em particular, estão certamente gratos pelo gesto de solidariedade, pelo carinho e atenção dispensada a esta obra que hoje se inaugura.
Por isso, não posso deixar passar esta hora sem agradecer e reconhecer o gesto, porque ele também representa uma característica sensível e humana desta família nobre e humilde que sabe partilhar com o próximo e que neste caso tem sabido interpretar as necessidades e a realidade desta terra.
A D. Irene e o senhor Ricardo, independentemente de tudo o resto, deixam hoje o seu nome gravado na história da Freguesia do Sabugueiro e que nós fazemos questão de perpetuar, através da placa colocada na entrada deste edifício.
A vida também se faz de gestos generosos e de confiança nas pessoas e no meu caso particular, enquanto Presidente desta instituição, quero agradecer publicamente essa confiança, que tem sido determinante para chegarmos até aqui.
Bem-haja Irene e Ricardo.
Senhor Secretário de Estado
Permita-me que continue a falar ao coração das pessoas desta terra, ainda antes de me debruçar sobre o papel desta instituição de solidariedade social.
Permita-me que faça aqui também outros agradecimentos que têm sido fundamentais:
Um agradecimento às funcionárias e funcionários da Associação.
Eles são o lado humano da instituição, quem está mais próximo no dia-a-dia de quem mais precisa, que são os idosos.
A eles, pelo seu empenho, pelo carinho e dedicação que dispensam aos utentes desta casa, eu quero dirigir uma palavra de apreço e estímulo.
A Direcção sabe reconhecer o seu trabalho e o seu empenho, porque lidar com pessoas idosas e por vezes muito debilitadas não é tarefa fácil e apela muito ao sentimento e à criação de laços de familiaridade.
Mas como se vê pela dimensão, a Associação do Sabugueiro, que tem já 30 pessoas no seu quadro, é a maior entidade empregadora desta aldeia
e essa é uma função que vamos continuar a ter, como mola impulsionadora da economia local.
Com eles, queremos continuar a melhorar o serviço que prestamos, por isso estamos também a apostar na formação, ferramenta indispensável ao progresso de qualquer instituição.
Como se sabe, a capacidade de resposta desta residência, aumentou agora de 12 para 31 utentes. O edifício integra ainda um espaço para ATL, frequentado por cerca de 25 crianças, serviço de apoio domiciliário, além de um posto médico e farmácia ao domicílio.
Temos ainda o outro edifício onde têm decorrido cursos de formação e onde muitas outras acções formativas poderão ocorrer posteriormente.
A Associação de Beneficência do Sabugueiro, foi fundada em 28 de Setembro de 1989, começando do zero. Todavia, só em 5 de Fevereiro de 1996 recebeu o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e de então para cá tem vindo a desenvolver um trabalho social junto da população e que é visível a todos.
Mais recentemente viu aprovados os projectos “Alavanca” e “Pontes do Alva” –, vocacionados para responder a problemas de alcoolismo e toxicodependência nos concelhos de Seia e Gouveia.
Os projectos elaborados no seio do PORI – Programa Operacional de Respostas Integradas do IDT – Instituto da Droga e Toxicodependência, arrancam oficialmente em Março deste ano e contam com várias parcerias – Município, IEFP, Segurança Social, Unidade Local de Saúde, através do Hospital, Centros de Saúde, farmácias, Juntas de Freguesia, Bombeiros, colectividades, etc.
Senhor Secretário de Estado, minhas senhoras e meus senhores
Para que tudo isto tenha sido possível, muito tem contribuído um conjunto de pessoas que fazem parte dos órgãos sociais e outros que já fizeram parte. A todos eles quero também agradecer a colaboração e apoio.
Por isso, aos dirigentes da Associação, também o meu agradecimento.
Numa aldeia pequena, o associativismo é determinante para o seu desenvolvimento e aqui, graças à forma saudável como é praticado, tem ajudado muito a que as coisas se façam sem grandes sobressaltos.
Aqui no Sabugueiro e neste caso, a união faz a força.
Mesmo quando entendemos extravasar as paredes da instituição para nos centrarmos no progresso da freguesia.
Dado que o Sabugueiro é uma aldeia turística e que grande parte da população vive deste sector de actividade, a Associação juntamente com a Junta de Freguesia tem estado atenta a este fenómeno e procurado contribuir para o seu desenvolvimento.
E fê-lo quando ao longo dos anos reclamou por exemplo, melhorias na estrada da serra e que agora, também graças ao nosso ruído e manifestações, se concretiza. Chegar ao Sabugueiro e ao alto da Serra é agora mais fácil e cómodo.
Ou quando reclamámos sinalética adequada na A25 em Viseu, para que os turistas vindos no Norte deixassem de passar ao lado desta aldeia.
Ou quando promovemos anualmente desde 2007 uma Mostra Gastronómica com a participação dos 12 Restaurantes desta localidade.
Ou quando impulsionamos juntamente com a Câmara e Junta de Freguesia a criação do Portal sabugueiro.pt, que tem registado números record’s de visitas em beneficio para os estabelecimentos hoteleiros do Sabugueiro.
E tantas outras obras e reivindicações, porque valorizamos muito a chamada CIDADANIA ACTIVA. Porque entendemos que o progresso das terras não se faz sem a participação da sociedade civil.
Senhor Secretário de Estado, Minhas senhoras e meus senhores
Em matéria de agradecimentos, cabe também uma palavra, ao empreiteiro – Manuel Oliveira, à Junta de Freguesia, como já referi, mas também à Câmara Municipal pela disponibilidade e apoio dados. Ao CLAS e aos seus técnicos, que em nossa opinião desenvolvem um trabalho digno de registo.
A várias instituições de solidariedade social do concelho com quem vamos partilhando ideias e projectos e em particular à Fundação Aurora Borges pela colaboração mais destacada.
Aos fornecedores que têm sabido compreender as dificuldades…
Por último, mas não menos importante – porque os últimos são os primeiros – ao Centro Distrital de Segurança Social da Guarda pelo apoio prestado e paciência manifestada ao longo do processo e que merece registo. Ao Dr. Pires Veiga e Drª. Rita, bem como às Técnicas do Serviço Local de Seia – Drª. Alice Duarte e Drª. Ana Peres – o nosso bem-haja também.
Senhor Secretário de Estado
Esta inauguração marca uma etapa importante na vida da associação, como disse. Pelo trabalho que foi feito até aqui, mas pelo que ainda falta fazer.
Sabemos que em matéria de apoio às obras não fomos bafejados com a sorte que esperávamos do governo, mas acreditamos que seremos reconhecidos e compensados pelo trabalho desenvolvido, no sentido de minorar o grande fardo financeiro que carregamos.
E se não nos assustou a grande dificuldade em que sempre nos movemos, estamos certos que não nos amedrontará no futuro para prosseguirmos esta empreitada, que, como deu para ver, em matéria de obra física, ainda está incompleta.
Porque falta fazer os arranjos exteriores e a piscina coberta ligada a este edifício, cujos projectos já deram entrada na Câmara Municipal para licenciamento.
Julgamos, senhor Secretário de Estado, que são equipamentos como este que qualificam as terras. Que contribuem decisivamente para a melhoria da qualidade de vida, quer dos utentes, quer dos profissionais que nela trabalham.
A vida é feita de pequenos nadas, como diz a canção, e da nossa parte orgulhamo-nos do apego às raízes, do empenho nas pequenas causas, que depressa se tornam grandes na sua missão e alcance, tornando-nos felizes pelos resultados alcançados.
O país precisa de nós e nós precisamos de um país cada vez mais saudável e com perspectivas de futuro mais risonho. Do que vemos e do que percebemos, o Ministério da Solidariedade Social tem sido determinante para a melhoria de vida de muitas franjas marginais da sociedade portuguesa através de programas, apoios e estratégias acertadas. Mas não só. Tem registado igualmente progressos na sustentabilidade do sistema contributivo da Segurança Social e que é reconhecido por todos os quadrantes políticos, o que é relevante num tempo de crise acentuada como o que vivemos.
Por isso, nós acreditamos no futuro do nosso país, onde todos somos chamados a participar na construção de um amanhã melhor.
Muito obrigado.
Sabugueiro, 4 de Setembro de 2009
Minhas senhoras e meus senhores
Uma cerimónia de inauguração é sempre um acto simbólico que marca o início de qualquer coisa.
Neste caso, estamos perante um acto simbólico que marca um ponto de chegada e ao mesmo tempo um ponto de partida.
Ponto de chegada porque se concretizou a obra de ampliação deste edifício, juntando-se aqui toda a actividade da instituição, que anteriormente estava dispersa por dois edifícios.
E é simultaneamente um ponto de partida, porque depois deste trabalho feito, resulta a obrigatoriedade de abrir novas frentes na obra social que queremos concretizar. Porque há muito mais para fazer.
Por isso, e relevando para segundo plano o enfado que a cerimónia ou o discurso propriamente dito possam causar, queria aproveitar este momento que acaba por ser solene e demasiado importante na vida desta instituição, para tecer algumas considerações que se impõem.
Em primeiro lugar para agradecer o apoio concedido pela família Cabral – D. Irene e Ricardo – para que esta obra se executasse. A população do Sabugueiro em geral e a Direcção desta Associação em particular, estão certamente gratos pelo gesto de solidariedade, pelo carinho e atenção dispensada a esta obra que hoje se inaugura.
Por isso, não posso deixar passar esta hora sem agradecer e reconhecer o gesto, porque ele também representa uma característica sensível e humana desta família nobre e humilde que sabe partilhar com o próximo e que neste caso tem sabido interpretar as necessidades e a realidade desta terra.
A D. Irene e o senhor Ricardo, independentemente de tudo o resto, deixam hoje o seu nome gravado na história da Freguesia do Sabugueiro e que nós fazemos questão de perpetuar, através da placa colocada na entrada deste edifício.
A vida também se faz de gestos generosos e de confiança nas pessoas e no meu caso particular, enquanto Presidente desta instituição, quero agradecer publicamente essa confiança, que tem sido determinante para chegarmos até aqui.
Bem-haja Irene e Ricardo.
Senhor Secretário de Estado
Permita-me que continue a falar ao coração das pessoas desta terra, ainda antes de me debruçar sobre o papel desta instituição de solidariedade social.
Permita-me que faça aqui também outros agradecimentos que têm sido fundamentais:
Um agradecimento às funcionárias e funcionários da Associação.
Eles são o lado humano da instituição, quem está mais próximo no dia-a-dia de quem mais precisa, que são os idosos.
A eles, pelo seu empenho, pelo carinho e dedicação que dispensam aos utentes desta casa, eu quero dirigir uma palavra de apreço e estímulo.
A Direcção sabe reconhecer o seu trabalho e o seu empenho, porque lidar com pessoas idosas e por vezes muito debilitadas não é tarefa fácil e apela muito ao sentimento e à criação de laços de familiaridade.
Mas como se vê pela dimensão, a Associação do Sabugueiro, que tem já 30 pessoas no seu quadro, é a maior entidade empregadora desta aldeia
e essa é uma função que vamos continuar a ter, como mola impulsionadora da economia local.
Com eles, queremos continuar a melhorar o serviço que prestamos, por isso estamos também a apostar na formação, ferramenta indispensável ao progresso de qualquer instituição.
Como se sabe, a capacidade de resposta desta residência, aumentou agora de 12 para 31 utentes. O edifício integra ainda um espaço para ATL, frequentado por cerca de 25 crianças, serviço de apoio domiciliário, além de um posto médico e farmácia ao domicílio.
Temos ainda o outro edifício onde têm decorrido cursos de formação e onde muitas outras acções formativas poderão ocorrer posteriormente.
A Associação de Beneficência do Sabugueiro, foi fundada em 28 de Setembro de 1989, começando do zero. Todavia, só em 5 de Fevereiro de 1996 recebeu o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e de então para cá tem vindo a desenvolver um trabalho social junto da população e que é visível a todos.
Mais recentemente viu aprovados os projectos “Alavanca” e “Pontes do Alva” –, vocacionados para responder a problemas de alcoolismo e toxicodependência nos concelhos de Seia e Gouveia.
Os projectos elaborados no seio do PORI – Programa Operacional de Respostas Integradas do IDT – Instituto da Droga e Toxicodependência, arrancam oficialmente em Março deste ano e contam com várias parcerias – Município, IEFP, Segurança Social, Unidade Local de Saúde, através do Hospital, Centros de Saúde, farmácias, Juntas de Freguesia, Bombeiros, colectividades, etc.
Senhor Secretário de Estado, minhas senhoras e meus senhores
Para que tudo isto tenha sido possível, muito tem contribuído um conjunto de pessoas que fazem parte dos órgãos sociais e outros que já fizeram parte. A todos eles quero também agradecer a colaboração e apoio.
Por isso, aos dirigentes da Associação, também o meu agradecimento.
Numa aldeia pequena, o associativismo é determinante para o seu desenvolvimento e aqui, graças à forma saudável como é praticado, tem ajudado muito a que as coisas se façam sem grandes sobressaltos.
Aqui no Sabugueiro e neste caso, a união faz a força.
Mesmo quando entendemos extravasar as paredes da instituição para nos centrarmos no progresso da freguesia.
Dado que o Sabugueiro é uma aldeia turística e que grande parte da população vive deste sector de actividade, a Associação juntamente com a Junta de Freguesia tem estado atenta a este fenómeno e procurado contribuir para o seu desenvolvimento.
E fê-lo quando ao longo dos anos reclamou por exemplo, melhorias na estrada da serra e que agora, também graças ao nosso ruído e manifestações, se concretiza. Chegar ao Sabugueiro e ao alto da Serra é agora mais fácil e cómodo.
Ou quando reclamámos sinalética adequada na A25 em Viseu, para que os turistas vindos no Norte deixassem de passar ao lado desta aldeia.
Ou quando promovemos anualmente desde 2007 uma Mostra Gastronómica com a participação dos 12 Restaurantes desta localidade.
Ou quando impulsionamos juntamente com a Câmara e Junta de Freguesia a criação do Portal sabugueiro.pt, que tem registado números record’s de visitas em beneficio para os estabelecimentos hoteleiros do Sabugueiro.
E tantas outras obras e reivindicações, porque valorizamos muito a chamada CIDADANIA ACTIVA. Porque entendemos que o progresso das terras não se faz sem a participação da sociedade civil.
Senhor Secretário de Estado, Minhas senhoras e meus senhores
Em matéria de agradecimentos, cabe também uma palavra, ao empreiteiro – Manuel Oliveira, à Junta de Freguesia, como já referi, mas também à Câmara Municipal pela disponibilidade e apoio dados. Ao CLAS e aos seus técnicos, que em nossa opinião desenvolvem um trabalho digno de registo.
A várias instituições de solidariedade social do concelho com quem vamos partilhando ideias e projectos e em particular à Fundação Aurora Borges pela colaboração mais destacada.
Aos fornecedores que têm sabido compreender as dificuldades…
Por último, mas não menos importante – porque os últimos são os primeiros – ao Centro Distrital de Segurança Social da Guarda pelo apoio prestado e paciência manifestada ao longo do processo e que merece registo. Ao Dr. Pires Veiga e Drª. Rita, bem como às Técnicas do Serviço Local de Seia – Drª. Alice Duarte e Drª. Ana Peres – o nosso bem-haja também.
Senhor Secretário de Estado
Esta inauguração marca uma etapa importante na vida da associação, como disse. Pelo trabalho que foi feito até aqui, mas pelo que ainda falta fazer.
Sabemos que em matéria de apoio às obras não fomos bafejados com a sorte que esperávamos do governo, mas acreditamos que seremos reconhecidos e compensados pelo trabalho desenvolvido, no sentido de minorar o grande fardo financeiro que carregamos.
E se não nos assustou a grande dificuldade em que sempre nos movemos, estamos certos que não nos amedrontará no futuro para prosseguirmos esta empreitada, que, como deu para ver, em matéria de obra física, ainda está incompleta.
Porque falta fazer os arranjos exteriores e a piscina coberta ligada a este edifício, cujos projectos já deram entrada na Câmara Municipal para licenciamento.
Julgamos, senhor Secretário de Estado, que são equipamentos como este que qualificam as terras. Que contribuem decisivamente para a melhoria da qualidade de vida, quer dos utentes, quer dos profissionais que nela trabalham.
A vida é feita de pequenos nadas, como diz a canção, e da nossa parte orgulhamo-nos do apego às raízes, do empenho nas pequenas causas, que depressa se tornam grandes na sua missão e alcance, tornando-nos felizes pelos resultados alcançados.
O país precisa de nós e nós precisamos de um país cada vez mais saudável e com perspectivas de futuro mais risonho. Do que vemos e do que percebemos, o Ministério da Solidariedade Social tem sido determinante para a melhoria de vida de muitas franjas marginais da sociedade portuguesa através de programas, apoios e estratégias acertadas. Mas não só. Tem registado igualmente progressos na sustentabilidade do sistema contributivo da Segurança Social e que é reconhecido por todos os quadrantes políticos, o que é relevante num tempo de crise acentuada como o que vivemos.
Por isso, nós acreditamos no futuro do nosso país, onde todos somos chamados a participar na construção de um amanhã melhor.
Muito obrigado.
Sabugueiro, 4 de Setembro de 2009
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