quarta-feira, 17 de abril de 2013

A política caseira no seu melhor em Seia


Em Seia acaba de acontecer um fenómeno interessante no que diz respeito à política caseira e a que não é alheio o facto de estarmos em ano de eleições autárquicas.


Acaba de acontecer esta coisa espantosa, que é o anúncio da aprovação do projeto CLDS – Contrato Local de Desenvolvimento Social ter sido feito pelo Presidente do PSD no jornal local.


Ou seja, a Câmara, que fez a candidatura e há 15 meses que tem vindo a fazer enormes diligências para que a mesma seja aprovada, quer na vinda do Ministro da Solidariedade ao concelho, por duas vezes, quer em telefonemas, cartas e demais esforços, acaba de ser informada pelo jornal, citando o novo presidente do PSD e candidato à Câmara de que a candidatura está aprovada.


Para bom entendedor, percebe-se que este é o PSD no seu melhor, a procurar um lugar ao sol, mas a violar as mais elementares regras da cordialidade e do normal funcionamento das instituições.

Sinais preocupantes dados por alguém que quer ser Presidente de Câmara e usa expedientes próprios de uma política à moda antiga, de clientelismo bafiento e de atropelo às mais elementares regras do funcionamento das instituições.

A Câmara, já reagiu em comunicado:

Ao tomar conhecimento, através do Jornal Porta da Estrela, da “aprovação” do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) para Seia, a Câmara Municipal informa não ter qualquer conhecimento oficial sobre este assunto.


«Estranha-se, volvidos 15 meses de diligências, contactos e correspondência regularmente mantidos com o Governo, entre as quais se destaca uma visita do Senhor Ministro Pedro Mota Soares ao Concelho de Seia, a quem foi solicitada a renovação/prolongamento do CLDS, nunca tenhamos obtido qualquer resposta», refere Filipe Camelo, presidente da câmara Municipal de Seia.


Segundo o autarca, «lamenta-se a atuação do Instituto de Segurança Social e do Ministério da Solidariedade e Segurança Social, que ao longo deste processo nunca deu qualquer explicação aos seus parceiros - a Câmara Municipal de Seia e a Fundação Aurora Borges, tendo optado por anunciar a decisão através da via político-partidária, na pessoa do candidato do PSD à Câmara Municipal.»


Este comportamento é para Filipe Camelo «incompreensível e inaceitável, ao ignorar as mais básicas regras de educação e cordialidade, violando, simultaneamente, o princípio do dever de lealdade e respeito institucional entre entidades legítimas num Estado de Direito.»


Importa referir que a aprovação do CLDS, a concretizar-se, «é da mais elementar justiça e advém dos excelentes resultados alcançados na primeira fase do programa, como evidenciámos no relatório de execução oportunamente enviado. Como sempre defendemos, este é um importante instrumento não só de combate à pobreza e exclusão social, como também de lançamento de novas políticas sociais, de empregabilidade e no fomento do empreendedorismo, entre outras», explica Filipe Camelo.


Este é, segundo o mesmo, «um investimento que pode produzir efeitos sustentáveis na comunidade, enquanto o não investimento pode representar um retrocesso e consequente desperdício dos recursos já investidos.»

2 comentários:

Anónimo disse...

acautelem-se porque vêm aí mais anúncios isto é apenas um pequeno aperitivo para preparar o ´terreno. Vamos fazer o que os socialistas andaram a prometer e assim sendo é o povo quem mais beneficia. onde está o mal?

Manuel santos disse...

não é com disputas destas que o nosso concelho avança.. deveria haver comunicação entre as partes e não anunciar só para tentar ficar bem na foto quando realmente não foi um dos protagonistas..