terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Alteração de espectáculo de teatro na Casa da Cultura de Seia


Em virtude de um motivo de força maior ao qual o Município de Seia é alheio, o espectáculo “Chovem Amores na Rua do Matador”, do Trigo Limpo teatro ACERT, que estava previsto para este Sábado, dia 22 de Janeiro na Casa Municipal da Cultura já não se realizará. Em sua substituição terá lugar o espectáculo “A Caixa Preta” da mesma companhia e que resulta também de textos de José Eduardo Agualusa e Mia Couto.

Pelo sucedido a autarquia pede desculpas.



A CAIXA PRETA
22 de Janeiro, Sábado, 21:45 Horas
Casa Municipal da Cultura de Seia - Cineteatro


José Eduardo Agualusa e Mia Couto repetem a experiência de escrever em parceria para o TRIGO LIMPO teatro ACERT, numa criação elaborada a partir do conto “Eles não são como nós”, do primeiro autor.
O desafio de levar à cena uma peça de dois dos maiores escritores da Língua Portuguesa é para nós uma grande responsabilidade, mas também a continuação de uma viagem recheada de grandes cumplicidades. Recorde-se que já com “Chovem Amores na Rua do Matador” tínhamos estreitado os laços da imaginação partilhada e inventado juntos um espectáculo que, desde a sua estreia no FINTA de 2007, tem conhecido uma grande circulação.


Em 2010, o trio de actrizes do TRIGO LIMPO (Ilda Teixeira, Raquel Costa e Sandra Santos) dá vida às três personagens de “A Caixa Preta”. Maria da Luz, Mariamar e Vitória são as heroínas desta história. Uma história de guerra? Uma história das pequenas guerras entre as pessoas? Uma história de todos nós... Das máscaras que usamos para não nos reconhecermos ao espelho, para não nos mostrarmos, para não mostrarmos quem somos.
Uma história de medos, dos medos que temos do que nos rodeia, do medo de trair, do medo de atrair, de ser atraído, das obsessões, da loucura, da solidão, da morte...
Esta caixa preta resulta de um processo de criação que roubou um pedacinho de cada um de nós para colocar lá dentro. É o registo último que fica após os desastres, o espaço negro onde inventamos a vida, a caixa do palco, o registo das memórias... mas também a avozinha, a neta e o lobo mau, o essencial da existência em momentos terminais. No fundo, esses momentos em que o tempo pára e espelha com crueza a dor da despedida.
Esta caixa preta é um grito sem som que parece revisitar a personagem da Mãe Carrar, de Brecht. É a prova viva de que é possível continuar a sonhar em conjunto e a concretizar esses sonhos. A prova viva de que é possível continuar...

Pompeu José


Ficha Técnica

A CAIXA PRETA
88ª Produção do Trigo Limpo teatro Acert
Texto José Eduardo Agualusa e Mia Couto
Dramaturgia e Encenação Pompeu José
Interpretação Ilda Teixeira, Raquel Costa e Sandra Santos

Cenografia Zétavares
Desenho de Luz e Sonoplastia Luís Viegas
Figurinos Colectivo
Adereços João Nascimento
Carpintaria Carmosserra
Fotografia Carlos Fernandes e Zetavares
Produção Marta Costa

Classif Maiores de 12 Anos
Duração 50 Min.
Estreia 30 de Novembo de 2010
Espectáculo de Abertura do 16º Finta,
Auditório 1, Novo Ciclo Acert


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