terça-feira, 13 de julho de 2010

Falar do que é preciso

Ter um blogue pessoal, tem destas coisas. Escreve-se quando se quer, quando nos apetece, sobre aquilo que queremos e por aí fora. Por mim e sempre que posso, gosto de manter o contacto com as pessoas que têm a paciência de me seguir, lendo o que penso, sobretudo sobre assuntos de interesse local. Sobre a nossa comunidade, procurando não ser provinciano, mas um cidadão do mundo, atento aos fenómenos globais, com ênfase local.

Um cidadão do mundo, que pensa e procura repartir com os outros, ideias, desafiando também esses mesmos a reflectir, procurando criar empatias e desassossegos saudáveis.

Uma terra que não pensa, que não reflecte, não evolui. Sou adepto do desassossego positivo. Detesto unanimistas bacocos.

Depois de uma certa ausência, porque também é bom observar, sem ser sempre agente activo, fico com a sensação de que se pode estar a entrar num silêncio estranho, muito pouco benéfico para o desenvolvimento local. Um certo amorfismo da comunidade. Um certo alheamento geral, uma certa apatia e um render às evidências, numa caminhada com pouco entusiasmo e um rumo por definir. O que se está hoje a passar no país e na nossa região, vai marcar o futuro de forma acentuada. Para o bem ou para o mal.

Fez-se um caminho, agora que tudo mudou, há que saber por onde ir, galvanizando e levando as pessoas numa onda de entusiasmo.

Depois de uma certa ausência minha por aqui no blogue, noto um ambiente meio preocupante. Uma espécie de vazio nas ruas e no pensamento das pessoas que nos pode levar a alguns dissabores. No meu caso, que já cá ando há uns anitos, começo a ficar preocupado com o rumo que vejo.

Nunca gostei de remendos, de acções pontuais e desgarradas. Detesto amadorismos, como abomino arrogâncias. Enfim, se calhar não há nada de especialmente preocupante e sou eu que estou para aqui a debitar no blogue um estado de espírito de tarde de Verão e sem consequência.

Ter um blogue pessoal, tem destas coisas, permitir que uma pessoa escreva ideias soltas, sobre isto ou sobre aquilo, assim, sem mais.

Enfim, uma coisa é certa, todos estamos de acordo – neste caso, os tempos não estão nada fáceis! Mas a ver vamos, porque em certos casos, os silêncios são de ouro, porque também é preciso saber esperar para ver.

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