Em face da decisão cruel do governo para com o desenvolvimento da região da Serra da Estrela, ao cancelar por quatro anos a execução dos Itinerários Complementares que estavam previstos, é urgente que todos os partidos saiam à rua em defesa desta causa. É imperioso que todos os orgãos autárquicos dos concelhos desta região toquem a reunir. Que todos os agentes locais se indignem e manifestem. Todas as forças vivas façam valer a sua revolta. Nunca como agora fez tanto sentido e houve tanta necessidade de se criarem movimentos de cidadania, para reivindicar o que a Serra tem direito. Ninguém pode ficar em casa. Ninguém pode ficar indiferente. É preciso lutar com todas as forças, independentemente de partidarites. Não pode ser sempre o Interior a pagar a crise. Que a pague a Madeira, que tem um indice de desenvolvimento elevado. Vamos à luta! Este é o nosso disígnio. Esta é a nossa batalha. Estou pessoalmente envolvido em vários projectos de luta que estão a amadurecer, durante esta semana, para na próxima sairem à rua. Não há tempo a perder. É preciso tocar a reunir. Esta região já esperou trinta anos e não pode esperar mais. É tempo de mostrarmos a nossa força. A força das nossas ideias, das nossas convicções e da justeza das nossas reivindicações. É urgente mobilizar do mais humilde ao mais influente. Todas as formas de luta civilizadas serão uteis. A Serra tem de fazer valer os seus direitos, para não morrermos na praia.
Vamos a isto!
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Notícias na imprensa sobre este assunto:
O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, anunciou na segunda-feira que o Governo vai suspender o lançamento de novas concessões rodoviárias que estavam previstas no Orçamento do Estado.
Entre elas está a concessão da Serra da Estrela, com construção do IC 6 (entre Tábua e Covilhã), IC 7 (entre Oliveira do Hospital e Fornos de Algodres, na A 25) e o IC 37 (entre Viseu e Seia), num total de cerca de 150 quilómetros.
No mesmo dia, a Agência Lusa dá também conta que o Presidente da Câmara de Viseu,
Fernando Ruas (PSD), condenou hoje a suspensão do lançamento da concessão rodoviária de ligação à Serra da Estrela, sublinhando tratar-se de um "investimento estrutural para o desenvolvimento das localidades".Na qualidade de presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Ruas não toma posição sobre as anunciadas suspensões de concessões rodoviárias, argumentando
que "a associação respeita muito o que é a autonomia e legitimidade do Governo".
"Se o Governo diz que não há dinheiro, tem que assumir a responsabilidade dos cortes e a associação não se mete nisso. Enquanto autarca de um concelho que é prejudicado, tenho a obrigação de me associar a outros que se sentem prejudicados e levantar a minha voz", sustentou Fernando Ruas à Lusa.
Fernando Ruas acrescentou já ter sido anteriormente contactado pelo autarca socialista de Seia, Carlos Figueiredo, para uma posição conjunta de autarcas junto do Governo.
2 comentários:
http://www.radioelmo.com/index.asp?idEdicao=50&id=6491&idSeccao=396&Action=noticia
Autarca de Seia - Descontente com a suspensão das concessões rodoviárias.
A suspensão do lançamento de novas concessões rodoviárias, incluindo as da serra da estrela está a provocar a indignação de cerca de vinte presidentes dos distritos da Guarda, Viseu, Coimbra e Castelo Branco que já decidiram pedir uma audiência ao Ministro das Obras públicas.
O plano rodoviário previsto para esta região integrava três itinerários: IC 6, entre Coimbra e Covilhã; IC 7 entre Oliveira do Hospital e Fornos de Algodres e o IC 37 que liga Seia a Viseu.
O presidente da Câmara de Seia não esconde que foi apanhado de surpresa com a decisão do Governo ao suspender as concessões rodoviárias.
Felipe Camelo estava esperançado que os novos itinerários iriam avançar este ano, uma vez que, o lançamento das obras decorreu o ano passado. O presidente da Câmara de Seia sublinha que a decisão do Governo traz consequências para o interior do país no que diz respeito às acessibilidades.
Simpatizantes do PS vejam esta vergonha! É a caça ao voto, depois esquecem o Concelho de Seia.
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