segunda-feira, 17 de março de 2014

Eu na política e no movimento de cidadania


Contaram-me que o vereador do PSD e candidato derrotado à Presidência da Câmara de Seia nas últimas autárquicas me terá criticado, em “tom contundente”, pelo facto de eu ser “líder da bancada do PS às segundas, quartas e sextas” e dirigente de “Movimento não sectário nem partidário, às terças, quintas e sábados”. Vejam só, com tanta coisa importante para tratar, sou alvo de atenções destas!

Perante isto, cabe-me apenas dizer a Albano Figueiredo (AF) que qualquer pessoa com responsabilidades políticas, não está impedida de exercer ações de cidadania. E se há pessoas que não dão nenhum contributo para a comunidade de forma graciosa e voluntária, há outras que não param. Por mim, desde o tempo em que fui Presidente da Associação de Estudantes, que não tenho parado de dar o meu contributo como cidadão em várias coletividades. Neste caso, do Movimento MAIS, em defesa dos Itinerários da Serra da Estrela, é uma estrutura que ajudei a fundar em Julho de 2010, no tempo do governo Sócrates. E a energia e determinação que usava na altura, é a mesma que uso hoje.

Fico é espantado que neste caso dos IC’s, o assunto para o PSD seja o meu empenhamento redobrado nesta causa, - no quadro partidário e na esfera da cidadania. Pensei que para AF a questão central fosse a união de esforços para ver se ainda é desta que se consegue que o governo inclua a execução destes troços no mapa de prioridades, no pacote financeiro da comunidade que aí vem.

A mim toda a gente me conhece, sou o que pareço e se eventualmente não pareço o que realmente sou, sou aquele que se dispõe por causas, que não se acomoda, nem bate a porta e vai para casa quando não interessa. Não sou dos que desistem com facilidade! E nem me zango com facilidade quando me criticam, como neste caso. No entanto, por aqui apenas vou concluindo por estas e por outras coisas menores que ocupam o Presidente do PSD, que afinal o eleitorado de Seia lhe deu a resposta merecida. É preciso estar à altura e saber quando há causas que vão para além dos partidos e dirigir um partido ou ter pretensões a governar um município é ir além do romantismo das palavras. É bater o pé quando tem de se bater. E é preciso ter sentido de responsabilidade, porque há alturas em que é necessário estarmos unidos, numa espécie de “pacto de regime” e nesta matéria dos acessos à nossa região, devia ser um dos casos, independentemente da cor de quem governa. Mesmo criando incómodos e eu tive alguns no governo anterior, não deixei de vestir a camisola política ou de cidadão deste concelho. Com ou sem protagonismo, já que muita da acção se joga nos meios de comunicação, para fazer prevalecer o “empowerment”.

Temos de saber onde empenhar as nossas principais energias e não em fogo lateral e em “não assuntos”.

Cordiais cumprimentos no diálogo politico, para que não arrefeça a estima que deve sempre prevalecer, independentemente de divergências de ideias e pontos de vista.

Mário Jorge Branquinho, cidadão do mundo, com o seu currículo próprio


Nota: depois de escrever este texto, aconteceram as eleições para a Assembleia da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela. Apesar de o PS tem maioria naquela assembleia, pedi o voto do deputado do PSD de Seia e quero registar publicamente o gesto de adesão. Este é um exemplo, a par de outros em que devemos mostrar estar à altura nos momentos certos, sabermos optar pelo interesse do concelho e só depois no partidário.

Sem comentários: