Foi recentemente nomeada a nova administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que passa a ser presidido por Ana Manso, destacada militante do PSD da Guarda e ex-deputada, mais quatro elementos, sem que nenhum seja do concelho de Seia.
Podemos dizer que isto não tem relevância, mas tem muita!
O Hospital de Seia, que já teve categoria de Hospital Distrital de nível 1, foi integrado na Unidade de Saúde da Guarda e de então para cá tem vindo a perder autonomia e serviços. E tem perdido porque a administração está toda concentrada na Guarda, em detrimento do Hospital de Seia, às vezes rotulado de “barco à deriva”, sem comando.
Independentemente da competência de Ana Manso, que considero uma mulher determinada e empenhada, entendo que se está a dar mais uma machadada nesse esvaziamento de competências do Hospital de Seia ao não ser nomeado ninguém daqui para a administração.
Por isso, fica mal na fotografia o PSD de Seia que não teve influência política para colocar alguém a representar os interesses do nosso concelho. O PS de Seia emitiu inclusivamente um comunicado em que refere esta situação, destacando a “incapacidade política e falta de influência do PSD/Seia, um partido que não fala, que não exige e que prefere a obediência partidária à defesa dos interesses do nosso Concelho”.
E esta questão remete-nos para outras preocupações. Para o facto de haver um estudo que recomenda que a ULS da Guarda venha a ser integrada na Covilhã, já que lá existe universidade de Saúde. Por isso, se não andarmos atentos, podemos ainda perder mais autonomia na área da saúde e ficarmos irremediavelmente para trás.
Mas como o assunto é sério e pode ser grave, vamos procurar impor-nos e reivindicar mais e melhores cuidados de saúde, que passa inevitavelmente pelo reforço de meios e de competências dos nossos serviços – seja no Hospital, seja nos centros de saúde. Seja na oferta de especialidades, seja na aposta forte que se deve fazer ao nível dos cuidados primários de saúde, para nosso bem e das finanças públicas!
5 comentários:
Muito admiro a sua prosa, mas tem que me explicar o que é que o representante de Seia fazia na antiga administração. Ainda explicar quem deixou o Hospital distrital de Seia chegar aonde neste momento está. Tanto trabalho para levar o hospital de Seia para níveis de excêlencia, para em pouco tempo alguns "inteligentes profissionais" o darem de mão beijada a alguém que se deve estar a rir com isto tudo.
Caro Mário Jorge tem toda a razão no que escreve. Sendo Seia o 2.º Concelho mais populacional do Distrito, não haver uma única pessoa de Seia neste órgão é no mínimo preocupante.Cumprimentos.
Mas quem nos vendeu a ideia que a integração na ULS da Guarda era muito bom??????
Tem razão no que diz senhor MJB, mas não disse tudo. Então e o PS não fica/ficou mal na fotografia? A anterior administração foi nomeada pelo PS. E o que fizeram pelo Hospital/serviços/especialidades?
O problema do PS e do PSD, é que andam sempre a falar de progresso, desenvolvimento, melhores serviços de saúde, mais especialidades, etecetera e tal... mas a verdade, e o dia-a-dia comprova, é que ambos só sabem "engrenar" a marcha-atrás.
O problema do PS não é o que o PSD faz.
O problema do PS é não fazer o que o PSD faz.
Cumprimentos democráticos com enormes saudades do 25 de Abril de 74.
Troika quer taxas moderadoras na Saúde ainda mais caras.
Governo prevê encaixar 199 milhões, mas a ‘troika’ exige que a receita das taxas moderadoras chegue aos 250 milhões no próximo ano.
Troika que os pariu!
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