segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Está a acabar a silly season


Está a acabar a chamada "silly season". Está a terminar Agosto. O país vai começar a regressar à normalidade. Ou melhor, vamos regressar à dureza dos dias e das ameaças que se abatem sobre todos nós, diária e incessantemente. Regressamos à realidade das más notícias. Ao frenesim da incerteza. Onde tudo agora é diferente, incerto e recheado de interrogações.


Sem saber muito bem para onde vamos, procuramos resposta para tantas perguntas. Enfim, regressamos ao teatro das preocupações, onde a melhor resposta é a entrega ao trabalho, para quem o tem e a persistência criativa para quem o não tem.


É fazer cada vez mais, com menos. É sermos positivos, mesmo que desconfiados. É olhar em frente e acreditar.


E seja o que Deus quiser!

6 comentários:

Anónimo disse...

No que respeita aos “temíveis” impostos sobre os ricos, por cá, alguns desses ricos nem querem falar do assunto, o Joe Berardo fala, mas não se percebe uma palavra do que diz, o Amorim diz que é um trabalhador e não é rico, outros debitam frases de belo efeito enquanto vão montando sedes das suas empresas em paraísos fiscais, para fugir aos impostos, Cavaco emite uns grunhidos, o Governo vai pensar, o Seguro está a ficar rouco...
Entretanto, lá por fora, onde esta “ciguêra” começou, com o número cómico de meia dúzia de ricos a "querer" pagar mais impostos, as notícias, como se pode ler, já estão a voltar à normalidade:
“Itália desiste de imposto solidário”
“Espanha não avança com aumento de impostos sobre os ricos”
Quanto a Sarkozy e Merkel, resta saber até quando vão aguentar este número de “cara séria”, antes de se desmancharem a rir... e confessarem que foi tudo a brincar.
O deputado do PCP Paulo Sá lembrou esta tarde que os comunistas apresentaram, na última legislatura, várias propostas, “todas rejeitadas” pelo PS, PSD e CDS, que pretendiam reduzir as desigualdades sociais. Nomeadamente a taxação sobre veículos de luxo (acima dos 100 mil euros), habitações avaliadas em mais de 1,2 milhões de euros, iates e aeronaves particulares.
A rejeição no Parlamento abrangeu também um outro projecto, que propunha impostos especiais sobre transacções financeiras (0,1 por cento para operações bolsistas, 20 por cento para as transferências para paraísos fiscais).
“Esperamos que o Governo venha a aplicar algumas destas medidas”, afirmou Paulo Sá, notando que os comunistas esperam que o anúncio de que o Executivo pode avançar com a criação de um imposto especial sobre os mais abastados não seja uma “medida decorativa” e que não sirva o “espectáculo mediático”.
Taxar a sério os muito ricos! Então... podia lá ser?!!!

Anónimo disse...

"Passos Coelho rejeita novos impostos às grandes fortunas-
O primeiro-ministro português considera que Portugal tem um dos índices mais elevados de assimetria na distribuição das receitas mas, em entrevista ao El Pais, rejeita a aplicação de um imposto sobre as grandes fortunas."

Aquilo não é um governo. Aquilo não passa de um bando acanalhado de gente sem vergonha e sem competência. Mais uma vez, anunciaram com grande pompa uma conferência em que seriam revelados os cortes no desperdício e “gordura”, cortes na despesa como não se via há cinquenta anos... e, mais uma vez também, o que foi anunciado foram mais impostos, mais austeridade, mais estagnação, mais desemprego, mais sacrifícios... mesmo que mediocremente disfarçados com umas migalhas de “solidariedade” por parte dos mais endinheirados. Mais uma vez deixando de fora os realmente mais endinheirados. Mais uma vez, deixando de fora os grandes grupos económicos, o jogo da bolsa, o capitalismo de casino. Mais uma vez, mentindo descaradamente! Ainda e sempre, cumprindo à risca os ditames dos gangsters do capital sem pátria.
Como das vezes anteriores, aquilo que sofre novos cortes é a qualidade e o nível de vida de todos os que não têm como ludibriar o fisco: aqueles que vivem exclusivamente do seu trabalho, ou aqueles que já trabalharam durante uma vida inteira e não merecem ficar, indefesos, à mercê desta quadrilha.
Tudo anunciado naquele tom voz, já insuportável, do ministro das Finanças. Monocórdico, sem expressão, sem alma, sem um sentimento, sem esperança...
Ah... e não sei se já tinha dito... aquilo não é um Governo! Aquilo não passa de um bando acanalhado de gente sem vergonha e sem competência... Tal como o governo anterior, já que faria a mesma coisa se não o tivessem deixado cair!

Quão surdo é preciso estar para não dar ouvidos aos repetidos avisos, feitos "pelos mesmos de sempre"?
Quão vesgo é preciso ser para não distinguir os lobos??

A luta de massas é o caminho!

Ass. Tiago Santos

Antonio Fernandes Pina disse...

O povo diz:- "vão-se os aneis fiquem os dedos". Portugal "BP" tem aproximadamente 400 sonelsdas em reservas de ouro que valem 16000 milhões de euros. Os acordos existentes, se é que existem, com o BCE e FMI não são precisos quanto a esta matéria, mas em 2004 e 2006 foram vendidas nestes anos 100 toneladas. Os pobres, os trabalhadores e os desempregados não merecem o que lhe estão a fazer. Vendam as reservas e não sacrifiquem ainda mais quem trabalha e respeitem a dignidade das pessoas. Esta situação classifica-se:- "exploração do homem pelo homem". A Democracia está em perigo.
As Golden Shares também valiam ouro e foram dadas aos ricos! E os pobres? O que lhes dão? 551 euros?! E são considerados ricos!
Por favor não peçam novamente ao Sr. Dr. Mário Soares que nos leve até à Fonte Luminosa!

Assina: António Fernandes Pina.

Anónimo disse...

O Primeiro Ministro rejeitou o imposto sobre as grandes Fortunas, porque o Sr. Presidente da República Cavaco Silva avisou, que era um perigo para a economia com a fuga de capitais, claro, os ricos protegem-se uns aos outros. Portugal precisa urgentemente de um ZÉ DO TELHADO!…

M. Almeida disse...

Passos Coelho quis deixa o aviso àqueles que não se calam e que não se deixam roubar (pelo menos tentam)através do seu direito de manifestação, para terem "cuidado" ignorando que o Povo português é pacifico e que nunca provocou "tumultos" e "destruição"!

Quer calar e intimidar as pessoas! Quer, sabe se lá, que as manifestações e protestos, mais que justos, do Povo e das populações, de todos que directamente sofrem todos os dias os efeitos destas politicas neoliberais, praticadas pela troika nacional - PSD, CDS e PS - e a estrangeira, que derive em "tumultos e destruição" para poder "esmurrar" alguns desses desordeiros, muitos até comunistas, que vivem do seu trabalho, e que ainda assim não chega para se livrarem das dificuldades.
Acrescente-se a isto o facto de que para comemorar os seus 50 anos de sacerdócio, o cardeal D. Policarpo não achou melhor tema do que zurzir nas reivindicações “grupais (sic), de classe”. Não o clarificou, mas referia-se certamente à luta dos sindicatos em defesa dos trabalhadores. Tal como a hierarquia católica do tempo do fascismo, pretendeu contrapor a luta dos trabalhadores ao “esforço nacional”. Ao fazê-lo, assumiu-se ele próprio como porta-voz de outros interesses “grupais, de classe”. Por exemplo, os dos donos de grupos económicos cotados em bolsa, que contribuem para o “esforço nacional” mantendo sociedades gestoras de participações sociais com sede no estrangeiro, o que lhes permite – e aos respectivos accionistas – fugir aos impostos que teriam de pagar em Portugal.

AS POPULAÇÕES, OS TRABALHADORES, OS ESTUDANTES, OS REFORMADOS, AS MULHERES, TODOS SEM EXCEPÇÃO DEVEM UNIR-SE E LUTAR!

É HORA DE AGIR EM DEFESA DOS NOSSOS DIREITOS E DA NOSSA DIGNIDADE!
Ass. M. Almeida

Antonio Fernandes Pina disse...

Garanto a todos aqueles que acompanham o blog do Sr. Dr. Mário Jorge Branquinho que Portugal é um País rico. A hipocrisia, o medo, a mediocridade, etc. impendem que os verdadeiros atores que lidam com a máquina central não são capazes de introduzir no sistema jovens quadros de valor que acompanhados pelos mais velhos que sabem perfeitamente como tudo isto funciona mas que não se encontram motivados nem querem ir mais além. É que trabalhar num quadro de funcionários (20) e de um momento para o outro passar a (5) não é fácil e torna-se desgastante emocionalmente e físicamente. A raíz do problema não está na saída de funcionários nem tão pouco extinguir Organismos, é fácil acabar com eles, o mais dífícil é torná-los eficazes e produtivos.
Lembro-me perfeitamente e até posso estar a dizer uma barbaridade para alguns que o atual Ministro da Saúde só teve sucesso na área da fiscalidade porque teve a sorte de encontrar um punhado de jovens estagiários com cursos superiores que então tinham ingressado nos Serviços que foram eles os grandes dinamizadores ajudados pelos mais velhos que sabiam a música toda, mas que tinham sabedoria capaz e experiência e que resultou numa maior eficácia na cobrança. O Dr. Paulo Portas tanto criticou e agora esconde-se atrás da subida de impostos.
Os jovens quadros escolhidos como o foram na época - por mérito, são capazes de fazer muito melhor sem prejudicar os pobres, os trabalhadores e a classe média. A política é o combate à fraude, fuga e evasão fiscal e sinais exteriores de riqueza. Dizem que os capitais fogem do País. É tudo conversa. Os ricos gostam de o ver por perto e gostam do cheiro. E se lhes derem mais uns pontinhos até o trazem todo de volta. A situação na Madeira, na Europa e no Mundo não é famosa e Portugal tem sol, boa comida e as pessoas são simpáticas, acolhedoras e pacíficas. Os ricos não têm que ter medo basta-lhes que paguem o justo valor nos seus impostos e tenham a máxima consideração e respeito pelos mais desprotegidos e por quem trabalha ou quer trabalhar.

Assina: António Fernandes Pina.