Na próxima sexta-feira, pelas 16 horas, irão tomar posse os órgãos autárquicos eleitos no passado dia 11 de Outubro – Câmara e Assembleia Municipal de Seia. A cerimónia será no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura, a partir das 16 horas e há um convite público para quem quiser assistir.
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Por mim, estarei lá por dois motivos; um porque fui eleito para novo mandato enquanto deputado municipal pelo PS e outro, por mera curiosidade. Porque qualquer cidadão atento ao desenvolvimento do seu concelho, quererá conhecer as caras dos eleitos e ouvir o discurso do Presidente empossado, mais do que ouvir os que partem.
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Assim, o dia 30 de Outubro de dois mil e nove ficará marcado na história de Seia, por ter tomado posse o 3º Presidente da Câmara após o 25 de Abril. Um acontecimento que ocorre numa situação particularmente difícil e de grandes preocupações. Num mundo em grandes transformações, numa Europa sob o flagelo do desemprego, num país pouco produtivo, num concelho marcado pelo êxodo rural; o panorama não podia ser mais tenebroso. Ainda para mais, quando se sabe que em Portugal, os municípios vivem à beira da ruptura financeira. E em Seia, não se foge à regra.
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Por um lado, fez-se muita obra e por outro porque essas mesmas infra-estruturas exigem hoje muito dispêndio na sua manutenção. Por isso, o problema de Filipe Camelo, como o da generalidade dos autarcas será DINHEIRO.
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É preciso muito dinheiro para suportar uma Câmara com cerca de 10 milhões de contos de dívida e que mensalmente vê chegar facturas de todo o lado, para suportar o monstro autárquico que a natural sede de desenvolvimento criou. E não digo isto no sentido negativo. Sou optimista e acredito no futuro do concelho e acrescento que o que se fez, está feito e para que o concelho tivesse progredido, tinha que ser à custa do investimento, para não ficarmos para trás.
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Fazendo uma análise em termos concelhios, relativamente a obra física, tirando as principais vias de comunicação e uma ou outra obra, está quase tudo feito. Provavelmente o concelho não terá outro mandato como o que agora termina tão fértil em grandes investimentos públicos. Basta recordar a construção do CISE, do Hospital, do Centro Escolar, da Livraria, da Área Empresarial da Abrunheira, da Variante, da requalificação da Estrada da Serra, etc., etc.
Agora o que é preciso é tratar da manutenção do que está feito e ir pagando.
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Assim, os próximos 4 anos serão, em meu entender, anos loucos, de contenção e sem margem para grandes investimentos. Basta lembrar por exemplo, a grande factura que chega todos os meses para pagar o tratamento dos esgotos ou do lixo. Uma loucura que, se o governo central não atalhar, poderá levar à falência dos municípios em geral.
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Mas sendo Carlos Camelo economista e homem de boas contas, não duvido de que será a pessoa certa para o lugar, como achou a maioria das pessoas que votaram no passado dia 11 de Outubro. Por isso, estamos optimistas e o que atrás se disse não passa de uma mera leitura da situação autárquica, feita superficialmente, em véspera do dia da tomada de posse.
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Penso eu de que,...
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