segunda-feira, 27 de abril de 2009

Discurso e poesia

Este 25 de Abril foi a um Sábado e em Seia, como pelo país fora, como há 35 anos, houve sessão solene da Assembleia Municipal evocativa do Dia da Liberdade. Foi no Auditório dos Paços do concelho, onde o Presidente da Mesa, Pina Moura deu por aberta a sessão perante uma plateia de deputados municipais de cravo na lapela cumpriam o ritual do costume, de uma manhã para cumprir.

Este ano, o poeta José Fanha também foi convidado para “entremear” os discursos com poemas de Abril e por isso foi agradável ouvir as melodias da Revolução.

Primeiro foi chamado Manuel Leitão do PCP, que em tom critico lembrou mazelas deste Abril ainda por cumprir, num discurso sem grande novidade. A seguir levantou-se o Fanha, com a licença do Presidente e ditou palavras, para logo a seguir às palmas das lugar a mais um discurso. Falou então da Tribuna Joaquim Pimentel, que é Presidente de Junta de Torroselo eleito como Independente, o que lhe confere estatuto de grupo parlamentar e oportunidade de discursar nestas ocasiões. Malhou na governação do país e do mundo, com voz grave e séria, atirou-se à moral e aos maus costumes dos governantes que conduzem o país ao abismo e elogiou a governação local. Mal acabou, bebeu água e sentou-se para de imediato José Fanha voltar a declamar Abril e poetas da Liberdade. Sem perda de tempo, sobe à tribuna Francisco Mota Veiga, de nome artístico Xico Melo e declama também poesia do alto do seu discurso político em nome do PSD cá da terra. Pelo meio, citou Alegre, perguntando ao vento que passa, notícias do seu país, e o vento calou a desgraça, o vento nada lhe disse.

Quem disse de novo poesia de intervenção foi o mesmo Fanha, que teimou em dar peso e cor às palavras, muitas delas penduradas nos postes da cidade para sublinhar a sua importância e alcance. E no encadeado de discurso-poesia-discurso, seguiu-se Eduardo Gaspar da bancada do PS para falar das vantagens de Abril e das virtudes da governação socrática. De novo voltou a poesia e a terminar, Pina Moura rematou de improviso um discurso breve e estranho, para dizer a verdade brilhante que “vivemos melhor do que há 35 anos atrás”.

E pronto, cantou-se o hino e acabou a festa.

4 comentários:

Antonio Fernandes Pina disse...

Digo:-
"E da moral desta história tirem vossas conclusões de que uma Assembleia não vive só de boas intenções".

Anónimo disse...

O Sr. Pimentel falar de Moral e maus costumes!.................

Anónimo disse...

Penso que esta informação fo sugerida pelo meu comentário a um postanterior. Os meus agradecimentos. Luis Pedro

Anónimo disse...

a festa no país anda animada
assaltos, homicídios,
uma festa todo o ano