sábado, 16 de março de 2013

A aposta de Seia no cinema comercial

Diz o Expresso desta semana que há mais de 200 concelhos em Portugal sem salas de Cinema e que a tendência será para agravar. E que nessa medida, há 3,8 milhões de portugueses sem acesso a cinema, ou seja, 40% da população portuguesa não tem acesso a programação cinematográfica comercial regular.
Felizmente Seia mantém a sua sala, ainda que, com uma média de 4 ou 5 filmes por mês. E digo felizmente, porque com o final dos filmes em suporte de 35 mm (a famosa fita), o município soube antecipar-se, com a aquisição do sistema de projecção digital e 3D. Apesar de vivermos tempos difíceis, apostou neste sector.
 
Por um lado, porque em Seia sempre houve grande tradição de cinema comercial. Chegou a ter quase 30 mil espectadores por ano e fins-de-semana com mil espectadores. Entretanto, os tempos mudaram, mas mesmo assim, a Casa da Cultura fechou o ano de 2012, como foi público, com mais de 10 mil espectadores e com um ligeiro crescimento em relação ao ano anterior.
 
Por outro lado, fez bem o município porque tem no seu calendário cultural vai para 19 anos, o Cine’Eco, importante imagem de marca do concelho, no panorama de festivais internacionais de cinema de ambiente.
 
Ou seja, se o município não tivesse adquirido este equipamento, hoje seria mais um concelho sem sala de cinema e naturalmente sem festival.
 
Governar é decidir e apostar nesta e noutras áreas da cultura para manter Seia como um polo de desenvolvimento cultural, é factor preponderante para que não se dê a imagem de cidade a empobrecer e a definhar.
 
A existência de boas escolas, onde se inclui a Escola Superior de Turismo, a Escola Profissional, o Conservatório de Música, e demais escolas da rede do Ministério da Educação, são factores que complementam e devem continuar a complementar esta aposta cultural, numa estreita articulação com a sociedade civil. E nisso, apostando na cultura e no turismo, o município faz bem, e daí não pode nem deve arredar-se, sob pena de incluir o concelho de Seia no saco de municípios que não têm sala de cinema, mas sobretudo, no rol dos concelhos que não têm futuro.
 
E o tempo passa e a hora de apresentar resultados vai chegando.
 

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