sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ministra da Cultura atribui Medalha de Mérito Cultural a Américo Rodrigues, director do TMG









Fui convidado pelo Governador Civil da Guarda para uma cerimónia de atribuição de Medalha de Mérito Cultural pela Ministra da Cultura, ao Director do Teatro Municipal da Guarda (TMG), Américo Rodrigues. A cerimónia, justa e merecida, tem lugar dia 25 de Abril no TMG pelas 23 horas. Lá estarei.


E a propósito, deixo aqui excertos de um trabalho que fiz sobre Américo Rodrigues, para a cadeira de Processos de Criação Artistica, no âmbito do Mestrado.



Américo Rodrigues, Perfil
Animador, programador, autor, actor, encenador, formador e performer.

Américo Jorge Monteiro Rodrigues, nasceu em 1961 na cidade da Guarda. Licenciado em Língua e Cultura Portuguesa (ramo científico) pela Universidade da Beira Interior e Mestre em Ciências da Fala pela Universidade de Aveiro. Animador cultural na Casa de Cultura da Juventude da Guarda/FAOJ (desde 1979 até 1989) e na Câmara Municipal da Guarda (desde 1989), onde coordenou o Núcleo de Animação Cultural. É o director do Teatro Municipal da Guarda, desde a sua abertura (2005).

Programou milhares de actividades culturais, que dirigiu, das quais se destacam o Festival de Teatro da Guarda, Ciclo de Jazz da Guarda, Ó da Guarda - Festival de Novas Músicas, Ciclo de Dança da Guarda, Projecto “emergências”, Ciclo “Contaminarte”, Festival de Poesia Sonora “Correntes de ar”, Festival de Música “João José Baldi”, entre muitas outras. Foi o responsável pela coordenação da programação cultural da cidade da Guarda. Foi membro da Comissão Organizadora do 50º aniversário da vida literária de Eduardo Lourenço e coordenou o programa de animação das comemorações do Oitavo centenário da cidade da Guarda.

Tem vindo a desenvolver inúmeras actividades nas áreas da expressão dramática, teatro, cinema, música, mímica, comunicação não verbal, dança e marionetas. Escreveu poesia, crónicas e teatro. Foi colunista de vários jornais e realizador de programas de rádio. Coordenou as revistas Cadernos de Poesia Aquilo, Praça Velha e Boca-de-incêndio. É poeta sonoro e improvisador vocal, sendo autor de três discos de poesia sonora.

Trabalha a nível experimental com a voz desde 1979, altura em que estagiou com a actriz Catherine Dasté em Paris. Poeta sonoro, actor, encenador e programador de eventos culturais. Poeta com vários livros, diversas plaquetas e poemas-objectos publicados. Tem desenvolvido um trabalho contínuo de improvisação vocal para teatro, música, poesia, dança e performance. Para além da voz tem utilizado brinquedos, apitos, silo metálico, buzinas de ar e cornetas de plástico. Participou em vários workshops de improvisação musical e vocal. Tem apresentado o seu trabalho em vários festivais na Europa e América do Sul.

Actualmente dirige o Festival de Novas Músicas “Ó da Guarda”, o Festival de Teatro “Acto Seguinte”, o Festival Dizsonante, o Festival de Jazz nas Alturas, entre outros.

Juntamente com Fernando Mora Ramos, José Luís Ferreira e Manuel Portela, é autor do livro “Quatro ensaios à boca de cena – Para uma política teatral e da programação”.

Américo Rodrigues é director artístico e executivo do TMG – Teatro Municipal da Guarda, um complexo que é muito mais que uma Sala de Espectáculos, uma vez que se pode considerar como um dos maiores projectos culturais concretizado no País nos últimos anos. Sob a sua direcção, o TMG é hoje uma referência na produção cultural da região, comprovado mesmo pelos públicos que a si chama, cativando pessoas de vários pontos do País e até da vizinha Espanha, que aqui vêm assistir ao que de melhor se produz nas artes do espectáculo, nas artes plásticas, e não só.


Inclinação para ser o que é
A inclinação para ser o que é, em termos artísticos, surgiu muito cedo, quando tinha 6 anos. Na aldeia onde nasceu, o seu avô tinha uma casa principal e uma outra anexa, chamada “casita”, que foi tomada de assalto pelas crianças, passando a ser uma espécie de “casa de brincadeiras”. E foi aí que começou a fazer teatro, na sequência daquele jogo espontâneo que é jogado por todas as crianças. Até que um dia, o pequeno grupo passou a fazer algo mais formal, com cortinas que se abriam, apresentando a “Nau Catrineta”. Surgiu por isso, essa inclinação, da necessidade que as crianças têm de jogar, o jogo pelo jogo e a brincadeira. De se imaginarem noutros papéis. Foi um passo que se deu ali, ao fazerem a “Nau Catrineta”, impulsionados por um dos meninos que tinha o livro da escola primária.

Depois pertenceu a um grupo de teatro no Liceu, tendo participado na peça de Virgílio Martim, chamada “O Grande Cidadão”, o que lhe proporcionou contacto com outras pessoas e outras emoções.

O início do processo criativo, onde se pode verificar uma marca mais representativa, verificar-se-á mais tarde com a criação do Grupo de Teatro “Aquilo”, na cidade da Guarda, em 1982. Mas a verdade é que já antes, Américo Rodrigues tinha feito várias tentativas para criar um grupo de teatro, chamado “Labirintoficina”, com jovens da sua idade, no âmbito do qual ainda fizeram o “Saco das Nozes” de Pires Cabral e outros. Mas em 1982, não só pensaram na criação de um grupo de teatro, como criaram mesmo. A primeira encenação foi “Mário, ou eu próprio o Outro” do José Régio, juntamente com o Rui Nuno e o José Neves, tendo sido bem sucedida esta primeira experiência teatral. Actualmente o “Aquilo” ainda existe, Américo Rodrigues já não pertence há cinco anos.

Esta parece ser a base de iniciação do processo criativo de Américo Rodrigues, embora, por essa altura começasse igualmente a fazer recitais de poesia. Houve mesmo uma época em que fazia muitos recitais. No entanto, o teatro e a poesia eram e são, as suas grandes paixões.

Onde nascem as ideias como fonte de inspiração
Desde o início do Grupo “Aquilo”, foi Américo Rodrigues que fez mais encenações, enquanto que o Rui Nuno, quis sempre ser actor. A imaginação surge, por exemplo, a partir de um texto e da necessidade de transpor as palavras para o palco, e nesse processo, ocorrem com frequência, muitas ideias dispersas.

De onde vêem essas ideias? Isso é um grande mistério!

No entanto, Américo Rodrigues diz que isso tem a ver com a maneira como se entende o mundo, com as leituras que se fazem, com a capacidade que se tem, ou não, de visualizar as palavras, e por aí fora. Tem a ver com escolas que se podem seguir, ou não, do ponto de vista da encenação. É no entanto, um trabalho em constante aperfeiçoamento.

Nesse sentido, Américo Rodrigues começa por fazer a análise do texto, por discuti-lo com todos os envolvidos. Primeiro, para se procurar perceber muito bem os textos, para depois se começar a definir uma ideia de transposição, daquelas palavras para o palco. A sua versão, a sua leitura. Entretanto, vai registando ideias dispersas em blocos, tem sempre um bloco de apontamentos associado a cada peça, onde vai anotando pormenores. Às vezes pode ser uma frase de um jornal, outras vezes uma fotografia de uma revista, ou mesmo uma ideia que pode parecer não ter grande interesse. Pode ser um verso de um poeta, que aparentemente não tem nada a ver e a pouco e pouco, procura um sentido para aquele contexto. Para o que anda tão disperso.

Nesta ultima peça que apresentou agora (dia 26 de Maio no TMG), “Simplesmente Complicado” a 9ª produção do Projec~ (estrutura de produção teatral do TMG), em co-produção com o CENDREV (Centro Dramático de Évora), começou por ler o texto e gostou. Fala de um velho actor solitário, que desconfia de tudo e de todos. Um texto que lhe despertou interesse e o levou a partilhar ideias com outras pessoas, surgindo de imediato a ideia de valorização de um elemento que no texto original era secundário. Um homem que tem um gravador de bobines e então, neste processo criativo, optou por centralizar tudo nesse gravador. É ali que está gravada a memória, naquelas bobines de fita magnética, que estão guardadas as memórias daquele homem. E ele age em função de tudo o que tem gravado. Depois construiu um arquivo de bobines e as personagens que ele cria na sua cabeça estão ali também, em forma de voz, nas bobines. É um homem que tem a sua memória guardada naquelas bobines. Ou seja, aquilo que poderia ser de alguma forma um objecto periférico, que não teria grande importância para a peça original, na sua encenação adquire uma função primordial e simbólica. Ora, isso acontece-lhe frequentemente. Tenta olhar para os textos de forma irreverente, que os coloque em causa. Não é completamente respeitador. Tem uma espécie de direito á sua criatividade. Habitualmente não desrespeita o espírito e o sentido do texto, mas procura criar outros sentidos, valorizando ou subestimando um ou outro aspecto. É um trabalho diário de apontamentos, de registos.

Américo Rodrigues que também orientou em diversas partes do país e no Brasil centenas de acções de formação de iniciação ao teatro e sobre “como fazer um espectáculo de teatro” bem como ateliês dedicados ao trabalho com a voz, para actores, professores, cantores e locutores, costuma fazer muitos desenhos, no seu trabalho de encenador, inclusivamente, da movimentação a seguir no palco. De indicações para a cenografia, porque há uma grande preocupação em perceber em que espaço a acção se realiza. Nalgumas peças, começou por definir o próprio espaço, condicionando desde logo a sua encenação. Por vezes, há peças que pedem logo no início do processo criativo, um espaço onde vão acontecer, mas já houve outras experiências em que só pensou no lugar da acção, já depois de o trabalho ir adiantado. Às vezes começa por uma abordagem mais conceptual em relação ao teatro, ou seja, adopta várias abordagens, conforme a peça, mas é uma correcção contínua.

Obstáculos à criação
Américo Rodrigues foi galardoado, entre outros, com os prémios “Melhor actor” e “Melhor Encenador”, na I Mostra Portuguesa de Artes e Ideias (Prémio da Fundação Luso - Americana para o Desenvolvimento) pelo seu trabalho em “Homem & Companhia”. À sua encenação de “Van Gogh” foi atribuído o prémio “Teatro da Década” pelo Clube Português de Artes e Ideias/Secretaria de Estado da Juventude.

Neste contexto, impõe-se a questão relativa aos obstáculos à criação, para quem dá provas de mérito criativo. E aí esbarramos com a dimensão dos meios disponíveis. Às vezes imagina fazer um certo espectáculo, mas precisa de determinado actor, e não há facilidade de ter esse actor, por razões orçamentais. Outra condicionante é o dinheiro disponível para a produção.

Américo Rodrigues, que tem apresentado trabalhos seus em vários festivais de teatro - em Portugal, França (Bienal dos Jovens criadores da Europa do Mediterrâneo, 1990), Espanha, Bélgica, Alemanha, Brasil (1ª Mostra de Teatro Ibérico, 1993), Itália e Dinamarca - trabalha habitualmente com orçamentos muito baratos para a criação. Por vezes é difícil concretizar determinados projectos, porque necessitaria de outros espaços, outros meios, mas isso também faz parte do seu próprio trabalho. Sabe perfeitamente os recursos que tem, e por isso a sua criatividade fica ajustada àquela dimensão concreta. Ele que foi galardoado pela Câmara Municipal da Guarda com a Medalha de Mérito Municipal por relevantes serviços prestados à cultura na Guarda, não tem constrangimentos de liberdade. Faz o que muito bem entende. Não tem obrigação nenhuma de corresponder a esta ou aquela expectativa. Mesmo quando lhe fizeram encomendas, como foi o caso de “Guarda: Memória da Rádio”, uma co-produção TMG e Trigo Limpo Teatro ACERT, para a Câmara Municipal da Guarda que juntou mais de 300 participantes de organizações culturais deste Distrito (actores, músicos, bailarinos), propiciando a exploração do fantástico e do imaginário da história da cidade. Indica-se o tema e a partir daí, faz-se o trabalho criativo. Em suma, os constrangimentos são mais de carácter material do que de imaterial.

Pensar ou não em desistir
Perguntando-lhe se nunca pensou em desistir, em ser outra coisa qualquer, Américo Rodrigues responde peremptório que não. Pelo contrário, acha que devia ser mais radical. Ou seja, já lhe apeteceu deixar de dirigir o TMG – Teatro Municipal da Guarda, do ponto de vista de direcção artística e executiva, para se dedicar apenas ao teatro, á encenação, ou fazer algum trabalho de actor, mas isso significava mudar de vida. Ele que já foi dirigido por encenadores como Oswaldo Maggi, John Beedel, Joke Terpsma, José Wallenstein, Moncho Rodriguez, entre outros.

Diz que gostava de ter coragem e de ter força para desistir, mas não, nunca lhe aconteceu deixar de ter interesse pelo teatro. Acontece isso sim, haver épocas em que se dedica mais á poesia, por exemplo e noutras alturas, mais às questões da gestão cultural, em detrimento do teatro, enquanto arte, mas de alguma forma a ligação está sempre a ser feita, sobretudo há o contacto com os grupos que actuam no TMG.

A criação propriamente dita, é que é irregular. Houve alturas em que convidava mais pessoas do que ele próprio se implicava nos processos.

Já encenou textos da autoria de José Régio, Tomaz de Figueiredo, Almada Negreiros, António José da Silva, Fernando Pessoa, Manuel Grangeio Crespo (estreia absoluta), João Camilo (estreia absoluta), Antonio Tabucchi (estreia nacional) Ionesco, entre muitos outros.

No domínio da escrita, conta com várias publicações. Autor de “Na Nuca” (1982), “Lá fora: o segredo” (1986) “A estreia de outro gesto” (1989), “Património de afectos” (1995), “Vir ao nascedoiro e outras histórias (1996), “Instante exacto” (1997), “Despertar do funâmbulo” (2002), “O mundo dos outros” (2000), “Até o anjo é da Guarda” (2000), “Panfleto contra a Guarda” (2002), “Uma pedra na mão” (2002), “Obra completa- revista e aumentada” (2002), “Língua de trapo (com Leonardo Rodrigues, 2002), “O mal - a incrível estória do homem-macaco-português” (2003), “A tremenda importância do kazoo na evolução da consciência humana” (2003), “O capador do Toito” (2003), “Escatologia” (2003), “Os nomes da terra” (2003) e “A fábrica de sais de rádio do Barracão” (2004), “Pedra escritas” (2004), “Aorta tocante” (2005).

Tudo isto, num processo criativo constante e em vários registos, lhe alimenta o gosto para continuar e não desistir.

Permanente insatisfação
Questionado sobre o seu grau de felicidade em termos artísticos e se se sente realizado, responde que não! Gostava que as peças que fazem na Guarda, interior de Portugal, circulassem mais. Esse é um problema nacional, mas já houve espectáculos que mereciam que fossem apresentados noutros pontos do país. Por outro lado, Américo Rodrigues sente a falta da crítica. Critica não só dos jornais, mas sobretudo dos espectadores, da existência de uma massa crítica do meio, porque senão não há retorno. Os espectáculos são apresentados, há umas pessoas que lhe dão umas palmadinhas nas costas, porque são amigos, mas a discussão fica por aí. Não se desenvolve a crítica, para se perceber melhor o que é que falhou, se se podia fazer algo melhor, etc. Essa é uma ausência terrível no processo criativo na cidade da Guarda, onde Américo desenvolve a sua actividade.

No seu ponto de vista é muito difícil obter-se felicidade através da actividade artística. Não se pode desligar o teatro e a actividade artística em geral da vida. E viver na Guarda e criar condições de felicidade é realmente muito difícil, conclui. Mas, Américo Rodrigues reconhece que se trata de uma procura constante.

Todavia, Américo Rodrigues considera-se muito irreverente e desassossegado, o que o leva a querer fazer sempre mais espectáculos, intervalando com a sua acção de programador do Teatro Municipal da Guarda. Está permanentemente insatisfeito, mesmo quando apresenta os seus trabalhos, porque há sempre coisas que podem ser melhoradas. Acompanha-o sempre um certo nervosismo, mesmo depois da estreia das peças. Por isso, felicidade é muito difícil de alcançar.


8 comentários:

Sérgio Reis disse...

Parabéns ao Américo Rodrigues, inteiramente merecedor. No excelente trabalho que publicas sobre A.M. faltou, quanto a mim, desenvolver a entrada "Onde nascem as ideias como fonte de inspiração". Relativamente à peça referida, "Simplesmente Complicado", faz-me lembrar pela descrição a peça de Samuel Beckett "Play" (1963). Seja como for, um bom post de homenagem a A.M. em Seia Portugal.

Mário Rui Santos disse...

Conheci o Americo quando participei em algumas acções de formação de iniciação ao Teatro organizadas pelo então FAOJ. Onde ele também estava inserido como animador já lá vão 33 ou trinta e cinco anos. O Américo já denotava nessa altura um manancial de grande criatividade e um actor nato. Tenho seguido através da imprensa regional e não só o percurso dele e sem duvida que é um elemento de peso na cultura da nossa beira alta.
Um abraço ao Américo e uma vénia ao trabalho dele. Uma distinção bem merecida!

Anónimo disse...

Parabéns ao Américo Rodrigues pela merecida distinção, e a MJB pelo texto de homenagem. Gosto do estilo e discrição da ministra Gabriela Canavilhas, nem será por acaso que vem da área da música (excelente pianista!), mas é pena que esta decisão aconteça só agora. Como dirá o outro, mais vale tarde que nunca. O mérito existe e só fica bem a todos reconhecê-lo.
Quanto ao texto de homenagem, acho que a entrada "Onde nascem as ideias como fonte de inspiração" poderia ter sido mais desenvolvida. Relativamente à peça "Simplesmente Complicado", que gostaria de ter visto em palco, pela descrição parece-me ter sido inspirada em "Play", uma peça escrita por Samuel Beckett em 1963. Seja como for, uma merecida distinção a A.R. em boa hora e um bom texto de homenagem em Seia Portugal.

Sérgio Reis

Alexandre Pires. Guarda disse...

É uma medalha fortememte merecerida por tudo quanto o Américo Rodrigues tem feito pela Cidade da Guarda no âmbito das actividades culturais.

Alexandre Pires disse...

Justo e merecido.
Não há duvida nenhuma que se existe alguém na Guarda que muito tem feito por esta cidade na área da cultura, é o Américo Rodrigues.
Há muito tempo que merecia esta homenagem. Parabéns Américo, e muito Obrigado por tudo.

CCSR Bairro da Luz disse...

dd

Alexandre Pires disse...

Há muito que o Américo Rodrigues merecia esta homenagem. É justa e merecida por tudo quanto ele tem feito pela cidade da Guarda na área da cultura. Parabéns Américo e muito Obrigado por tudo.

Anónimo disse...

Ainda me lembro nos anos 90 quando o Américo organizou um festival de poesia sonora no singelo auditório da CMG onde esteve presente, entre outros, o grande Arnaldo Antunes com uma performance fantástica. Obrigado Américo