sexta-feira, 21 de maio de 2010

O fenómeno Santinho


Santinho Pacheco, actual Governador Civil da Guarda parece estar a dar ao lugar, um papel diferente do que estávamos habituados a ver. Está a imprimir ao cargo um novo fulgor e um novo ritmo na condução de vários e importantes assuntos relacionados com o desenvolvimento efectivo do Distrito. Pacheco parece estar a imprimir a um cargo, que habitualmente é conotado como de “corta-fita”, um dinamismo relevante, que se aplaude e uma postura que se impõe.

É evidente que não é alheio ao caso, o facto de Santinho ter sido Presidente de Câmara (de Gouveia) durante vários mandatos. Os Presidentes de Câmara são por natureza homens pragmáticos, agentes que gostam de fazer obra, de imprimir dinamismo, de fazer andar as coisas. No caso do actual Governador Civil há um quadro de voluntarismo que vai além de eventuais competências, mas que se impõe como necessário, sobretudo num distrito onde habitualmente os dirigentes políticos são demasiado subservientes ao poder central. Por isso, sublinha-se esta coragem governativa emprestada a um lugar habitualmente figurativo. Por isso, sugere-se também que este dinamismo seja visto como positivo para o distrito e não seja encarado com mesquinhez ou outro sentimento que normalmente caracteriza pessoas de visão medíocre.

O Distrito da Guarda precisa há vários anos de um timoneiro, de alguém que congregue vontades, junte esforços e procure fazer pressão política para que as obras se façam. Alguém que faça chegar ao poder central as queixas e as necessidades e não apenas se limite a pregar as boas do governo junto dos cidadãos. Um Governador Civil tem de ser um aliado nas causas e nas reivindicações e não um elemento que está cá apenas para defender o governo. Sendo um representante do governo, compete-lhe obviamente, estender a acção e a condução governativa ás pessoas, mas em primeira linha, está também, para levar à concretização de anseios e à realização de aspirações. Para promover o debate de ideias e procurar consensos, no intuito de fazer resultar obra feita.

Há uma constatação indesmentível: o Distrito está a definhar. É preciso fazer-se alguma coisa. E para isso, e independentemente da visão que cada Presidente de Câmara tem para o seu concelho, é necessário olhar para o todo Distrital. E se há um quadro que governa o Distrito, mesmo que não disponha de muitas ferramentas, dispõe seguramente de uma importante: a Diplomacia da Influência, que é do que precisamos. Que em primeira linha ausculte, debata, oriente e procure meios para concretização dos projectos.

Digo eu!
Crónica publicada no Jornal Terras da Beira, dia 20 de Maio de 2010

3 comentários:

Cagido disse...

Belo texto com uma excelente visão do que deve ser um governador civil. Parabéns!

Anónimo disse...

From: miguel_zomiva@hotmail.com
Subject: FW: Maddie-A Verdade da Mentira
Date: Fri, 21 May 2010 08:17:09 +0100





Já que proibiram o livro, aqui vai de borla

E disse...

O que eu acho mais abusivo é a apropriação da "marca" Serra da Estrela por parte da Covilhã, quando deveriam ser os municípios serranos da Guarda a usufruir da mesma. Falo em especial de Seia, de Manteigas, de Gouveia e em parte também de Celorico e da Guarda!

Cada vez mais vemos a região da COVA da beira, situada na beira BAIXA, com a sua covilha (cova pequena) que fica ao lado do FUNDão a afirmar-se como Serra da Estrela.

Já ouvi até alguns na TV a dizerem que a torre ficava na Covilhã!, que o queijo da serra era da beira baixa!

Até onde é que vamos deixar esta campanha de desinformação chegar?

A covilhã canibalizou o título de cidade-neve e capital da neve (injustificadamente) e agora pretende sobrepor-se aos 5 eFes da Guarda com as suas 5 Estrelas, associando cada vez mais a cidade à serra e abafando a região da Guarda...

Até apoiaria estas atitudes de luta pela terra deles, se a mesma não fosse às custas do Distrito da Guarda.