No
universo de 308 municípios portugueses, Seia encontra-se entre as melhores 79
cidades para viver, segundo um estudo da consultora Bloom Consulting, revelado
pelo Jornal de Negócios. Lisboa continua a ser a melhor cidade para viver,
seguindo-se Porto e Braga.
A lista compara diversos indicadores
de natureza económica com um conjunto de 26 perguntas-chave, que agrega o que
as pessoas procuram num município a nível mundial.
O ranking foi elaborado através do
cruzamento de diversos dados estatísticos, como desemprego, número de
hospitais, salário médio, taxa de criminalidade ou dormidas turísticas por
município.
As três categorias em análise são Negócios
(Investimento), Visitar (Turismo) e Viver (Talento), ou seja, qualidade de
vida, turismo e ambiente. No ano passado Seia encontrava-se em 76º, o que
significa que este fenómeno pode ser usado em benefício do desenvolvimento
local.
Vale o que vale, mas quando às vezes
se referem exemplos de concelhos vizinhos, seria bom verificar a localização de
algumas dessas cidades: Oliveira do Hospital - 150º; Gouveia – 140º; Nelas –
136º; Mangualde – 97º e Fundão – 94º.
Apesar de ser um município do Interior
do país, e de enfrentar muitas debilidades inerentes à sua localização, a que
não é alheia a própria situação financeira do município, não deixa de ser
pertinente constatar-se o valor da nossa marca territorial.
É evidente que para este ranking
muito terá contribuído a dinâmica empreendida, as infraestruturas construídas,
assim como o património cultural e paisagístico, nesta encosta da Serra da
Estrela. Não deixam de ter importância os pequenos contributos das iniciativas
desenvolvidas e dos esforços empreendidos, que vai da rede de museus, ao CISE,
aos eventos das aldeias de montanha, das feiras de produtos e festivais
realizados, entre os quais o CineEco, que projetam uma imagem de excelência
para o exterior, assim como o contributo das empresas, instituições e escolas.
Estas últimas têm tido um papel preponderante, sobretudo no que se refere à
excelência do ensino ministrado, começando nas Escolas Básicas, passando pela Escola
Profissional, Conservatório de Música e Escola Superior de Turismo e Hotelaria.
Todavia, não pode o resultado deste
estudo servir para nos encostarmos à sua sombra, mas antes para aproveitarmos o
mesmo para nos servir de alavanca e estimulo para crescer. O mesmo resultado só
comprova que Seia tem potencialidades, mas terão de ser ainda mais bem
aproveitadas, usando-se de persistência, criatividade e inovação, no quadro do
estímulo que permanentemente tem de usar-se, por todos nós.
Ou seja, comprova-se que Seia tem futuro,
mas o sucesso depende de nós e o que fizermos hoje terá reflexos no imediato,
para o bem ou para o mal.
MJB
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