sábado, 31 de dezembro de 2011

O meu discurso na Assembleia Municipal sobre o Plano e Orçamento da Câmara para 2012



O Plano de Actividades e Orçamento da Câmara Municipal de Seia para 2012, no valor de 27 milhões de euros, marca o inicio de uma nova e decisiva etapa na vida do município.
É que, este é o primeiro orçamento depois de todas as contas arrumadas e por isso, aquele que reflete, de forma real e pragmática aquilo que será o ano financeiro do próximo ano.
E o facto do Orçamento de 2011 ter sido de 69 milhões, não quer dizer necessariamente que há aqui uma redução de 60% ou um corte de 42 milhões.

Ou seja, para sermos sérios, não podemos fazer comparações dos orçamentos de 2011 e 2012, porque como todos sabemos no passado, havia a necessidade de verter nos documentos importantes fatias da dívida, o que agora é bem diferente.

Agora, e devido à execução do Plano de Reequilíbrio Financeiro (PRF), a Câmara aproxima o respectivo orçamento da situação real, uma vez que, como todos sabemos o Orçamento real
situa-se nos 20 milhões de euros, sendo que 2,5 milhões se referem a divida incluída no plano de reequilíbrio financeiro que só será paga em 2012; mais 4 milhões de dividas anteriores.

Deste modo, temos que o Orçamento está muito direccionado para o cumprimento de um conjunto de obrigações que emergem do próprio Plano de Reequilíbrio, uma realidade irrefutável.

Quanto à realização de investimentos, e como já foi várias vezes noticiado, o município tem em carteira projectos que vão além de 5 milhões de euros, para quando houver oportunidade, poder candidatar algum deles, numa altura em que já se fala que a comparticipação comunitária poderá aproximar-se dos 95%.

Dessas obras, destacamos a requalificação urbana e paisagística da Zona Industrial de Seia, espaço que irá receber a nova feira semanal e um Centro Negócios; o Centro Municipal de Operações de Socorro, a construir no Aeródromo Municipal; a reabilitação e requalificação ambiental da zona envolvente ao Rio Seia; a reconversão do Mercado de São Romão, a Galeria de Arte, a Casa da República, a estrada Quintela / Santiago que está a decorrer, etc, etc, sem esquecer as juntas de freguesia que vão receber 295 mil euros e as colectividades 325 mil euros.

No entanto, é bom frisar o facto do município apostar fortemente na área social, através de um conjunto de acções que já vêm de trás, mas que se reforçam. Ou seja, os sectores da Educação, Acção Social e Saúde e Habitação, representam cerca de 11,55 por cento, O Saneamento, Abastecimento de Água e Resíduos Sólidos (31,34%).
Não podemos esquecer no entanto, que as Operações da Dívida Autárquicas e a transferência entre administrações representam 16,04% do valor global do orçamento.

Também não podemos esquecer das transferências do Estado virão menos 500 mil euros, uma situação que se tem repetido nos últimos 3 anos, o que representa menos 1,5 milhões de euros.

Também é bom não esquecer que a Câmara, de 2009 para cá devia 5,5 milhões de euros referente ao tratamento das ETAR’s, dos quais 4 milhões são agora pagos pelo Reequilíbrio e os outros 1,5 ao longo dos anos.

Enfim, curiosidades que só dificultam a vida de um município, que conhece o peso da responsabilidade que tem aos ombros. Um município que aposta cada vez mais no futuro, mas com os pés assentes na terra, de forma pragmática e não vai em loucuras que não pode
cumprir.

Nota 1: O Orçamento foi aprovado com os votos favoráveis do PS e a abstenção do PSD/CDS e CDU.

Nota 2: na mesma reunião, a assembleia aprovou por unanimidade 3 Moções: uma em que rejeita a extinção de Freguesias; outra reclamando o aumento das taxas moderadoras e outra sobre a necessidade de construir os IC's, com verbas decorrentes do QREN.

Nota 3: Foi uma Assembleia que decorreu durante todo o dia, onde foram aprovados e debatidos muitos outros assuntos com interesse para o concelho.




Mário
Jorge Branquinho

Intervenção de Sandra Galguinho (PS) na Assembleia Municipal de Seia




No dia 19 de Outubro de 2011, a Câmara Municipal de Seia foi distinguida pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis com a Bandeira Verde da iniciativa “Autarquia + Familiarmente Responsável 2011”.
Este galardão foi entregue a 29 municípios, sendo que no nosso distrito os municípios da Guarda e Seia foram os dois contemplados.
A atribuição deste galardão implica um reconhecimento do esforço realizado pela autarquia relativamente às várias políticas familiares, nomeadamente nas que atuam ao nível do apoio à maternidade e paternidade, apoio à famílias com Necessidades Especiais, Politica Integrada e Família (Serviços Básicos, Educação e formação, Saúde, Cultura, Desporto, Lazer e Tempo Livre, Habitação e Urbanismo, Transportes), entre outros apoios prestados aos munícipes menos favorecidos e suas famílias.
Da leitura que fiz relativamente ao inquérito preenchido pela autarquia ressalvo que há sempre aspectos a melhorar e outros que possam vir a necessitar de ser implementados num momento de conjuntura nacional que não se adivinha fácil.
De qualquer forma, serve esta minha intervenção para felicitar a Câmara Municipal de Seia, na pessoa do seu Presidente Carlos Filipe Camelo, bem como todos os técnicos que estiveram pessoalmente envolvidos (Divisão de Acção Social e Saúde - Gabinete de Apoio à Família, Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos, Protecção Civil e Oficina Domiciliária…) e as várias entidades com as quais a Câmara estabeleceu parcerias para o desenvolvimento destas ações.
Em nome da Bancada Socialista os nossos parabéns por esta contribuição para a melhoria de vida dos nossos concidadãos.

Seia, 30 de Dezembro de 2011


A importância do Turismo no Concelho de Seia


Intervenção de Catarina Mendes (PS) na Assembleia Municipal de Seia

O turismo é um sector estratégico prioritário para a economia portuguesa pela capacidade que tem de criar riqueza e emprego tendo o seu peso vindo a crescer nos últimos anos (11% do PIB em 2004), perspectivando-se Portugal, como um dos destinos de maior crescimento na Europa. A previsão de crescimento médio anual para os próximos dez anos perspectiva-se acima dos 5%.
Dada a importância para a economia deste importante sector de negócios há que definir estratégias de actuação que permitam aumentar a procura dos destinos que Portugal oferece. Um
desses destinos tem de ser - e é - invariavelmente a Serra da Estrela e o concelho de Seia.
A Serra da Estrela apresenta como factores distintivos ser o local, por excelência para se observar neve em Portugal; apresenta um conjunto de aldeias preservadas; aldeias de montanha,
tem grande parte do seu território integrado em Parque Natural; tem uma excelente gastronomia e vinhos e uma importante cultura local.
Apresenta como carência uma diversificação e melhoria dos seus acessos. Apresenta, ainda, a necessidade de ver desenvolvida uma oferta hoteleira multi-segmentada visando os diferentes
tipos de procura, e de rotas turísticas e serviços de apoio aos turistas para o aproveitamento das características específicas da Serra da Estrela.
No que toca a este ponto muito tem sido feito pela Câmara Municipal, que estou certa, continuará a apostar neste sector, quer pela via da oferta cultural (de onde destaco desde já a rede de museus do concelho, e a “menina dos nossos olhos” o CISE) quer pela via do apoio a iniciativas privadas, das quais se destaca a construção de uma nova unidade hoteleira na cidade, de tipologia 4 estrelas superior, cujo investimento ascende a 7 milhões de euros.
Estes são dados que nos permitem acreditar num crescimento das receitas deste sector para o nosso concelho, pese embora as dificuldades com que nos enfrentamos. Sabemos que o sector
do turismo enfrenta neste novo ano novas dificuldades com a redução do dinheiro disponível nos agregados familiares e o aumento das taxas de IVA na restauração. No caso particular da nossa região há também que contar com a introdução de portagens nas SCUT; contudo estamos crentes que Seia tem potencialidade para se tornar no concelho da região com maior capacidade para a atracção turística e sabemos, que este executivo tudo fará para que assim seja.

Votos de um Bom ano de 2012.
Seia, 30 de Dezembro de 2011


A Intervenção de Teresa Fernando (PS) na Assembleia Municipal de Seia

Todos sabemos que o país, a europa, o mundo, vive hoje uma situação de crise económica e social que se agrava de dia para dia e sobre a qual eu estou francamente cansada de ouvir comentar diariamente, sem conseguir perceber o plano estratégico concebido para a sua resolução. Por isso, no balanço de mais um ano, prefiro realçar a acção que o Município tem desenvolvido, no sentido de responder com energia, com acções de efeito no imediato, com soluções excepcionais e temporárias, e com uma visão de futuro para suplantar os constrangimentos deste novo paradigma económico.
Realço em primeiro lugar a postura de transparência, seriedade e persistência assumida pelo Presidente da Câmara e respectiva equipa de governação na abordagem aos diversos problemas inerentes à sustentabilidade do concelho, construindo, desta forma, a cumplicidade e a confiança necessária entre o poder local e o poder central que lhe permitiu, entre outras, obter uma grande vitória com a aprovação do Plano de Reequilíbrio Financeiro.
Contra todas as adversidades, o Município mantém uma política de apoio à educação, através da atribuição de bolsas de estudo para o ensino superior e da colaboração com os Agrupamentos de Escolas no esforço que estes desenvolvem na organização de respostas educativas diferenciadas, num ensino que se pretende de qualidade, garantindo que o acesso e as condições de ensino sejam iguais para todas as crianças e jovens do concelho.
Realço a particular sensibilidade do Município em matéria de apoio à formação e educação das crianças mais vulneráveis e desfavorecidas, como é o caso das crianças com necessidades educativas especiais. Área que obviamente me é particularmente cara. Devo dizer-vos que o nosso concelho possui um agrupamento de referência para a educação de crianças e jovens com multideficiência com uma unidade a funcionar na escola Dr. Abranches Ferrão, e um agrupamento de referência para a educação e crianças e jovens com perturbações do espetro do autismo com duas unidades: uma a funcionar no Centro escolar de Seia e outra na Escola Dr. Guilherme Correia de Carvalho, com uma área de influência que abrange os concelhos de Seia, Gouveia e Fornos de Algodres.
Na dinâmica destas unidades o município tem assumido um papel preponderante, disponibilizando transportes, recursos físicos e humanos para o desenvolvimento de experiências e terapias, nomeadamente hipoterapia, musicoterapia e hidroterapia, que potenciam contextos de aprendizagens significativas, visando a plena expansão da personalidade destas crianças excepcionais.Experiências que mediante solicitação dos agrupamentos de escolas podem ser extensíveis a outros alunos com NEE. Iniciativas que fazem deste Município uma referencia em matéria de apoio aos alunos com necessidades educativas especiais. Neste âmbito, constitui igualmente um grande passo a adesão do município à rede de excelência de cidades e vilas para todos, que prevê soluções integradas de eliminação de barreiras arquitectónicas.
Ainda no contexto de formação, o nosso concelho conta com o contributo de um elevado número de associações desportivas e culturais que veiculam aprendizagens informais e formais que concorrem para a formação integral e criação e hábitos de vida saudável. Para a existência destas colectividades em que podemos, por exemplo, salientar que o clube mais representativo da associação de futebol da Guarda é do nosso concelho, muito contribui seguramente o programa de apoios do Município.
Os factores que enunciei, a perspectiva empreendedora versando a rentabilização dos recursos naturais, associados à distinção que o município obteve pela política integrada de apoio à família, dimensiona positivamente as expectativas sobre o desenvolvimento sustentável do nosso concelho.
Para terminar, expresso o desejo de que em 2012 ao invés de promessas de falsas mudanças, de críticas destrutivas ou de silêncios continuados, se desenvolva uma cultura de co-responsabilização, em que todos disponibilizem o seu potencial, no sentido construtivo. Desta forma, acredito que conseguiremos vencer.
Desejo a todos um ano novo cheio de ideias criativas!
Seia, 30 Dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

BOM NATAL


É Natal e por isso, por estes dias, o melhor é deixar de lado coisas muito sérias e descomprimir. Relaxar, que é como quem diz, deixar de passar “cartão” a certos assuntos, que só nos assustam, e passar a ligar mais, por estes dias, claro, apenas ao lado B da Vida!


Deixar de dar tanta importância, pelo menos por estes dias, a tanta gritaria que só nos coloca abaixo do nível de rating da nossa consciência. Não ligar tantas vezes a TV, pelo menos por estes dias e pela hora dos telejornais, para não ficarmos com indisposições alimentares, já que, bem nos basta, os eventuais excessos de filhoses e outras iguarias natalícias.


Não se pode ouvir notícias, principalmente, repito, por estes dias, que são dias de paz e concórdia. Dias livres de nós górdios, dias de entrega a puras fantasias, que a quadra propícia.


Ganhar força e ganhar peito, como se diz, é o remédio que temos para enfrentar o ano que aí vem. E ganhar balanço para resistir, porque Resistência vai ser palavra de ordem, se não tivermos que pegar nas malas e emigrar, tanta é a gritaria.


Mas pronto, porque é Natal em tempo conturbado, pelo menos neste país e nesta Europa em fim de ciclo, continuamos a desejar uns aos outras, BOM NATAL, e boas disposições, sem grandes ilusões. E pronto!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Democracia participativa, em Seia como noutro lugar qualquer



Nesta semana antes do Natal, tenho duas importantes Assembleias e na semana a seguir ao Natal, outra, na sequência da minha actividade política local e regional.



Esta segunda-feira é uma reunião da Comissão Política do PS, onde se falará de assuntos respeitantes ao desenvolvimento do concelho, na óptica socialista. A forma como o Orçamento da Câmara para 2012 está a ser elaborado e a Reforma Administrativa respeitante às Freguesias, serão certamente pontos em debate.

Da minha parte, direi na ocasião, o que acho relativamente ao que está a ser bem feito, mas sobretudo daquilo que deve mudar, numa altura em que já passaram dois anos de governação da Câmara deste executivo socialista liderado por Carlos Filipe Camelo.

Na terça-feira, será a vez da reunião da Assembleia da Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela, que decorrerá em Gouveia e onde se abordarão temas comuns aos 3 concelhos – Seia, Gouveia e Fornos de Algodres. A Chamada CIM da Serra da Estrela, que já tem apresentado projectos comuns, sobretudo a Feira do Queijo e várias acções de formação. Mas pouco mais!
No dia 30 de Dezembro, decorrerá no Auditório da Casa Municipal da Cultura a reunião ordinária da Assembleia Municipal de Seia, onde estará em discussão o Plano e Orçamento da Câmara Municipal para o próximo ano e muitos outros assuntos respeitantes ao desenvolvimento do concelho.

Dado que o meu papel na política local não entra na responsabilidade executiva, mas sim na procura da influência para aquilo que considero actos de melhor governação, faço, como sempre tenho feito - acção política a bem do desenvolvimento, procurando fazer com que se faça. Procurando agitar consciências, estimular o debate e combater o imobilismo. E nessa linha, para cada uma destas reuniões, aceito sugestões e opiniões, para levar à discussão, porque a democracia deve ser cada vez mais participativa. Muitos dos assuntos críticos que tantas vezes abordamos à mesa do café, podem chegar aos locais próprios. Incomodem ou não quem governa, as questões devem ser colocadas, sem receio, porque, mau político, não é aquele que não ouve as pessoas, é aquele que nem sequer as quer ouvir! Embora, eu não me queixe,...


Fico à disposição e receptivo a sugestões. Com elevação e de preferência com assinatura.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ninguém de Seia na administração da ULS da Guarda



Foi recentemente nomeada a nova administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que passa a ser presidido por Ana Manso, destacada militante do PSD da Guarda e ex-deputada, mais quatro elementos, sem que nenhum seja do concelho de Seia.

Podemos dizer que isto não tem relevância, mas tem muita!

O Hospital de Seia, que já teve categoria de Hospital Distrital de nível 1, foi integrado na Unidade de Saúde da Guarda e de então para cá tem vindo a perder autonomia e serviços. E tem perdido porque a administração está toda concentrada na Guarda, em detrimento do Hospital de Seia, às vezes rotulado de “barco à deriva”, sem comando.

Independentemente da competência de Ana Manso, que considero uma mulher determinada e empenhada, entendo que se está a dar mais uma machadada nesse esvaziamento de competências do Hospital de Seia ao não ser nomeado ninguém daqui para a administração.
Por isso, fica mal na fotografia o PSD de Seia que não teve influência política para colocar alguém a representar os interesses do nosso concelho. O PS de Seia emitiu inclusivamente um comunicado em que refere esta situação, destacando a “incapacidade política e falta de influência do PSD/Seia, um partido que não fala, que não exige e que prefere a obediência partidária à defesa dos interesses do nosso Concelho”.

E esta questão remete-nos para outras preocupações. Para o facto de haver um estudo que recomenda que a ULS da Guarda venha a ser integrada na Covilhã, já que lá existe universidade de Saúde. Por isso, se não andarmos atentos, podemos ainda perder mais autonomia na área da saúde e ficarmos irremediavelmente para trás.

Mas como o assunto é sério e pode ser grave, vamos procurar impor-nos e reivindicar mais e melhores cuidados de saúde, que passa inevitavelmente pelo reforço de meios e de competências dos nossos serviços – seja no Hospital, seja nos centros de saúde. Seja na oferta de especialidades, seja na aposta forte que se deve fazer ao nível dos cuidados primários de saúde, para nosso bem e das finanças públicas!

Paulo Hortênsio vence eleições nos Bombeiros de Seia


A lista liderada por Paulo Hortênsio foi a mais votada no passado Sábado nas eleições para os Bombeiros de Seia, obtendo 443 votos, enquanto a lista de Vitor Dias obteve 318 votos.


O ato eleitoral foi bastante concorrido, como dá para ver, uma vez que votaram mais de 760 pessoas, o que de certo modo revela que o associativismo, quando quer está vivo. Ou melhor, houve aqui um sinal de que há pessoas disponíveis para dar o seu contributo para causas sociais. Estão por isso de parabéns os intervenientes e como alguém me disse, “venceram os bombeiros”.


Trabalho e dedicação é o que se espera das pessoas que agora foram eleitas para os órgãos sociais desta instituição que fez este ano 77 anos!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eleições nos Bombeiros de Seia


Sábado, dia 10 de Dezembro vai haver eleições para os órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Seia, para o mandato 2012 / 2014.


Concorrem duas listas, uma liderada por Paulo Hortência (A), e outra liderada por Vitor Dias (B).


Aqui se publicam as respectivas listas, desejando que a campanha decorra com saudável discussão e troca de ideias para o bem da Associação.


LISTA A:

Direcção:
Presidente: Paulo Jorge Simões Hortênsio
Vice-Presidente: Alcides Soares Henriques
Tesoureiro: Filipe Alexandre Silva Clara
Secretário: Nuno Miguel Marques Fernandes
Secretário-Adjunto: Fernando Luís Miranda Almeida Melo
Vogal: Jorge Manuel Pais Pinto
Vogal: Fernando Adriano Neto
Suplente: Manuel Quirino Martins Ribeiro
Suplente: Mariana Luz Figueiredo Aires
Assembleia Geral:
Presidente: João Carlos Geraldes Dias da Fonseca
Vice-Presidente: João Manuel da Fonseca Neves
Secretário: José Fernando Matos Miguel
Suplente: José Guilherme Abranches Correia Nunes
Suplente: Paulo Jorge Mendes Álvaro
Conselho Fiscal:
Presidente: José Manuel Correia Ferrão
Vice-Presidente: José Carlos Borges Capucho
Secretário Relator: António Manuel Silva Oliveira
Suplente: João José Cabral Viveiro
Suplente: Maria José Leite Costa Cabral

LISTA B
Direcção:

Presidente: Vítor Manuel da Silva Dias, Gerente Bancário – SEIA
Vice-Presidente: Rui Filipe Silva Lemos, Engenheiro Civil – VODRA
Tesoureiro: Luís Miguel Silva Sousa Dias, Economista – SEIA
Secretário: Vasco José Ferreira Rodrigues, Técnico de Farmácia – SEIA
Secretário Adjunto: Miguel Abrantes Santos, Ger. Pastelaria – GIRABOLHOS
Vogal: João Manuel Costa Mendes, Empresário – SEIA
Vogal: João Manuel Correia Ramos, Empresário – VILA VERDE
Suplente: José Manuel Chaves Freitas Cardoso, Eng. Electrotécnico – TOURAIS
Suplente: Jorge Manuel Lopes Branquinho, Empresário – SABUGUEIRO
Assembleia-Geral
Presidente: Luís Jorge Silva Caetano, Professor - SEIA
Vice- Presidente: António Dias Maximino, Professor – SABUGUEIRO / VODRA
Secretário: Rosa Maria Silva Dias, Técnico Oficial de Contas – SEIA
Suplente: Sérgio Manuel Silva Clara, Operário fabril – SEIA
Suplente: José António Santos Marques, Chefe de Segurança – SEIA
Conselho Fiscal
Presidente: José Manuel Branquinho, Gerente Bancário – SABUGUEIRO
Vice-presidente: José Manuel Lopes, Empregado de escritório – SEIA
Secretário relator: Luís Miguel Monteiro Nogueira – Emp. Escritório - PEREIRO
Suplente: Virgílio Abreu Figueiredo, Reformado – SÃO MARTINHO
Suplente: Francisco José Moura de Almeida, Empresário – FIGUEIREDO


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O notável trabalho da rede de Bibliotecas Escolares de Seia




Não sei como é nos outros concelhos, mas em Seia há um trabalho que tem sido feito pela rede de bibliotecas escolares que é notável a todos os títulos e que certamente dá e dará grandes frutos no que se refere à adesão das crianças ao prazer da leitura.

Discretamente, sem que isso seja anunciado a grandes parangonas, esta rede concelhia de Bibliotecas Escolares e Municipais de Seia) tem feito o seu trabalho que resulta da partilha e da articulação entre o Município, os Agrupamentos de Escolas, o gabinete do Ministério da Educação, a Direcção-Geral e o Plano Nacional de Leitura. Um trabalho planeado e estruturado a partir de 2004, com protocolo em 2006 e cujos resultados são bem visíveis nos elevados índices de leitura, registados junto das crianças das escolas. Uma estratégia que aumenta invariavelmente a vontade de ler, aproximando as crianças dos livros, já que não se nasce leitor.

Nesse contexto, tem sido também importante "o papel do professor bibliotecário, uma vez que é ele que orienta e transmite aos alunos uma consciência dos méritos e das vantagens acrescidas, nomeadamente do meio digital, mas não escondendo os seus perigos".

Tenho para mim que este trabalho é um dos de grande mérito que em matéria cultural estão a ser feitos no concelho de Seia, cuja responsabilidade vai sendo partilhada desde a cúpula, das entidades responsáveis, até aos agentes no terreno, sobretudo bibliotecários, professores e demais pessoal administrativo e de animação.

A estratégia contempla imensas iniciativas, desde a simples melhoria de instalações dos espaços de leitura, passando por concursos, cujo concurso SER é meritório e notável a todos os títulos, sessões de leitura e de contos, envolvimento dos pais, presenças de escritores, acções de formação, espectáculos, feiras de livros e tudo o mais que contribui para sensibilizar os mais novos para as vantagens da leitura.

Por outro lado, é um trabalho que começa na base, ou seja, junto das crianças, fortalecendo os alicerces do conhecimento, que obviamente é determinante para o seu desenvolvimento cognitivo e enriquecimento cultural – competência básica para aprender, trabalhar e realizar-se no mundo contemporâneo.

Parabéns a todos os responsáveis desta rede de bibliotecas escolares de Seia, pelo trabalho desenvolvido.


Nota:
Toda a informação desta rede pode ser consultada no site oficial
AQUI


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ordem para poupar



A Câmara de Seia estima poupar, no próximo ano, mais de 200 mil euros na iluminação pública, através dos ajustamentos que têm vindo a ser realizados na rede, nomeadamente retardando um pouco a ligação à noite e antecipando ligeiramente o seu horário de funcionamento, perto do amanhecer.

O apertar do cinto leva também o Município, pelo segundo ano consecutivo, a abdicar da iluminação de Natal e, pela primeira vez, não será realizado o habitual jantar de Natal dos trabalhadores, à custa do orçamento municipal.
Esta pode parecer uma notícia simples, naída no Jornal Porta da Estrela, mas revela a preocupação e a necessidade da autarquia em poupar. Uma estratégia e uma necessidade que vem detrás mas que terá de prevalecer no futuro. Infelizmente!

Recentemente recebeu o aval do Tribunal de Contas para o empréstimo de 45 milhões de euros. Não que isso seja uma salvação da Câmara, mas é certamente o aliviar de uma situação que começava a ser penosa e que a continuar a arrastar-se, constituiria um sufoco ainda maior para quem governa. Por isso, o Plano de Reequilíbrio financeiro não resolve tudo, mas alivia e dá a possibilidade de algum jogo de cintura, permitindo para já introduzir algum dinheiro na economia local, sobretudo a fornecedores. Obviamente que este plano obriga a Câmara a um controlo mais apertado, daí estas outras medidas de poupança e contenção.
Segundo se sabe, o município tem um défice de exploração de 250 mil euros por mês, ou seja, é como uma empresa que dá prejuízo de 50 mil contos por mês. Um prejuízo que se deve sobretudo aos desequilíbrios nos serviços de águas, saneamento e lixos. Um desequilíbrio que será ainda maior quando entrarem em funcionamento mais 20 Estações de Tratamento. Aí será ainda mais desastroso, com a contagem do litros de água para tratar, onde entram também, imagine-se, as águas da chuva! Por falar nisso, parece que em São Romão, graças à intervenção que tem sido feito, a desviar águas da chuva para fora deste sistema, a Câmara já está a poupar 15 mil euros por mês.

Como se vê a vida não está fácil em matéria de contas. Daí a necessidade de poupança. Já lá vai o tempo que era só mandar fazer!
Agora antes de se fazer o que quer que seja, tem de se ver de onde vem o dinheiro e isso é coisa que não abunda. Porque até nas transferências do Estado, o Município terá no próximo ano, menos 500 mil euros, o que também é muito significativo.

Mas mesmo assim, temos de ser optimistas e lutar. E acreditar!
Estou certo que Seia saberá dar a volta, daí este espírito de poupança na governação e a aposta forte na captação de emprego, onde de forma discreta, mas difícil, o município liderado por Filipe Camelo vai fazendo caminho.
O resto, iniciativas de putativo teor académico, não passam de romantismos desprovidas do pragmatismo que os novos tempos impõem!

Metalurgica Vaz Leal, em Loriga


A empresa Metalúrgica Vaz Leal foi fundada em nome individual pelo empresário Pedro Vaz Leal em 1934. Em 1962, a empresa toma a forma jurídica de sociedade por quotas sob a designação de PedroVaz Leal & Filhos, Lda, sendo que em 1967 transforma-se em sociedade anónima, adoptando a designação Metalúrgica Vaz Leal, SA. que ainda mantém actualmente.

O desenvolvimento inicial desta empresa ocorreu de forma bastante promissora, uma vez que a sua actividade incidia essencialmente ao nível da produção de produtos mecânicos para a indústria têxtil, estando este sector em grande evolução na época.

No entanto, dois grandes períodos marcaram a evolução histórica da Metalúrgica Vaz Leal, SA, sendo um deles o referente à 2ª guerra mundial, no qual surgiu a oportunidade de alargar a sua produção fabricando também componentes mecânicos, especialmente para a indústria mineira da região centro, e em sequência desta aposta, alargou posteriormente a sua intervenção a nível nacional.

O sucesso desta estratégia, fez com que os principais responsáveis apostassem claramente na diversificação de novos produtos, passando então a produzir também material agrícola, peças para fogões e construção de máquinas manuais, como por exemplo máquinas de funileiro, quinadeiras e guilhotinas, vindo a registar um acréscimo muito positivo no volume de negócios.
O outro período que também foi relevante na evolução da actividade da Metalúrgica, coincide com o início da guerra da Coreia, no qual, a crescente procura de volfrâmio, conduziu a uma grande expansão da indústria extractiva, o que se repercutiu nas solicitações à Metalúrgica Vaz Leal, SA, atingindo esta novamente uma posição consistente no mercado.
No entanto, com o término da guerra e consequentemente com uma recessão ao nível do sector mineiro, a Metalúrgica Vaz Leal, SA. ressente uma quebra na sua actividade, pelo que, a acção estratégica passou necessariamente pelo alargamento do seu mercado, passando a fornecer produtos mecânicos para a indústria transformadora nacional.

Actualmente, a sua actividade insere-se ao nível da fabricação de produtos metalomecânicos, segundo especificações dos clientes, utilizando como matéria-prima os produtos laminados, peças fundidas no processo da própria empresa e peças de aço vasado de ferro fundido.
Os clientes da empresa dividem-se entre a indústria “pesada” celulose, papeleira, cimenteira, química, siderúrgica (ex. Portucel SA, Siderurgia Nacional, Solvay Portugal) e inúmeras indústrias “ligeiras” (ex: construção civil). No entanto, a indústria pesada assume o maior
peso no seu volume de negócios.

É de facto abrangente a intervenção da Metalúrgica Vaz Leal, SA quer em termos de produtos fabricados e serviços prestados, quer ao nível de clientes, o que lhe tem permitido a permanência de 40 anos num mercado cada vez mais exigente e competitivo.

De facto, sendo esta uma empresa com bastantes anos de existência e com elevada credibilidade no mercado, associado ao conhecimento e experiência que os principais responsáveis possuem da actividade, ao seu dinamismo e empenho, associado à elevada competência das equipas de trabalho, têm igualmente constituído factores determinantes para o sucesso que a empresa tem apresentado.



Nota:

Foi nesta fábrica que fotografei a convite do meu amigo Carlos Amaro e são essas fotos que estarão patentes na exposição - "Fogo e Ferro Fundido" - no Posto de Turismo de Loriga durante o mês de Dezembro.





sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Seia de coisas



Como vem sendo hábito, vários acontecimentos envolvendo as comunidades locais, marcam mais uma vez a agenda cultural do concelho de Seia, sobretudo neste fim-de-semana.


Assim, no Sábado ao fim da tarde, teremos o XV Festival de Musica Coral em Terras de Sena, organizado pelo Orfeão de Seia, no Auditório da Casa da Cultura, que além do orfeão da terra, conta com o Coro de Leixões e a Tuna da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia.

Ainda no Sábado, mas à noite, decorrerá no Museu Natural da Electricidade uma passagem de modelos, numa acção de promoção deste espaço cultural da cidade, situado na antiga central hidroeléctrica da senhora do Desterro, na Freguesia de São Romão.

No Domingo à tarde, no Cineteatro da Casa Municipal da Cultura, será a vez do XII Festival Nacional de Orquestras de Música Ligeira, organizado pela Orquestra Juvenil da Serra da Estrela, com a participação desta formação de Seia e ainda com a Orquestra Ligeira de Gouveia e Quarteto Sax 4ever, de Coimbra.

Além de tudo isto, acrescenta-se-lhe a exposição de artes plásticas sobre o Corpo, organizada pelo Município e pela Associação de Arte e Imagem de Seia, com participação de artistas locais e nacionais, e que está patente nas Galerias da Casa da Cultura (além das sessões de cinema comercial, desta vez com “o Regresso de Johnny English”) e temos muitos pretextos para sair de casa e para dizer que Seia é uma cidade animada e rica em projectos da comunidade e para a comunidade. Ou como diria o outro - "Seia de coisas"!

Ainda na semana passada assistimos à exibição de três documentários na Casa da Cultura, realizados por pessoas de Seia.
No Sábado foi exibido “Lanificios.doc”, de Luís Silva e no Domingo o filme “Ouro Verde” de Vitor Brito e “Mais Vale Prevenir” de F. Cunhal Saraiva. Todos eles com muito público e com registos positivos à qualidade das obras apresentadas.
E no próximo dia 3 de Dezembro será a vez do Festival da Canção Jovem organizado pela Casa da Juventude D. Ana Nogueira, de São Romão, que habitualmente conta com um ou outro grupo local e a fechar este ciclo, o concerto, no dia 10 de Dezembro, pelo Ensemble de Guitarras de Paranhos da Beira.
Como se vê, a tal BTL é mesmo uma grande Bolsa de Talentos Locais, que dá frutos.
E como dá para ver também, para além do acesso à cultura, há o espaço de produção cultural, onde se cruzam os espectadores e os produtores, que amiúde trocam de lugar. Ou como diria Jacques Ranciére, no seu “Espectador Emancipado”, - "uma comunidade emancipada é uma comunidade de contadores e tradutores”.

Opinião Livre, na Rádio Cultura de Seia


Agora aos Sábados, a Rádio Cultura de Seia tem uma mesa redonda para o debate de ideias sobre o concelho de Seia. Trata-se de “Opinião Livre”, emitido aos Sábados das 11 às 12 horas, com repetição às 18 horas.
Moderada por Ricardo Alvo, a mesa conta com a participação de Pedro Marques, João Amaral, Manuel Leitão e eu próprio.
No primeiro debate falámos de questões gerais relacionadas com o desenvolvimento do concelho, e para quem quiser pode aceder AQUI


Neste Sábado, 26 de Novembro, o tema é sobre a reforma administrativa das autarquias e em particular sobre a extinção / agregação de freguesias no nosso concelho.

Não perca! A conversa promete aquecer!

Passagem de modelos no Museu da Electricidade




O Museu Natural da Electricidade vai ser palco, neste sábado, dia 26 de Novembro, às 21h, de uma passagem de modelos infanto-juvenil levada a cabo pelo Município de Seia, através do Museu do Brinquedo. O desfile vai ter lugar no interior do espaço museológico, por entre as turbinas centenárias, e será protagonizado por crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 14 anos, na qualidade de doadores de brinquedos.A passagem de modelos vai de encontro às anteriores promovidas anualmente pelo Museu do Brinquedo e contará neste evento com a colaboração do Algodão Doce, Lion of Porches, N&N, Melovisão e Cabeleireiro Jardim.



O Museu Natural da Electricidade fica situada na antiga Central da Senhora do Desterro, Freguesia de São Romão e pode ver AQUI


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Seiacup 2012 reune em Seia melhores equipas do mundo


Ainda quase não se falou nada, mas o certo é que no próximo Verão Seia vai acolher um evento desportivo de dimensão Internacional.

Trata-se do Seiacup, que decorrerá nesta cidade serrana de 24 de Junho a 7 de Julho e conta com a presença das melhores equipas do mundo.

É verdade! Está tudo no dite oficial do evento, aqui - http://seiacup.com/pt

E a notícia de hoje em destaque é que o Futebol Clube de Barcelona confirmou, hoje, a sua presença no torneio Internacional SeiaCup 2012. O Barcelona, umas das melhores equipas mundiais, é possuídor das melhores escolas de formação do Mundo. Na equipa principal figuraram jogadores como: Messi, Iniesta, Xavi, Valdés, entre muitos outros, todos eles formados no emblema da Catalunha.


A presença do actual campeão espanhol e europeu no Torneio Internacional SeiaCup concederá uma enorme projecção ao evento e a possibilidade única de os jovens participantes testarem as suas capacidades junto das melhores equipas europeias.


O torneio promete, assim, reunir diversos estilos de jogo, desde o técnico tika-taka do Barcelona ao futebol mais musculado das equipas britânicas. Estão já confirmadas as seguintes equipas: Barcelona; Benfica; Sporting;Glasgow Rangers; Everton; Slávia de Praga; Lech Poznan e Warta Poznan.

Mais uma grande noticia para Seia e sem custos para o município, segundo revelou o Presidente Carlos Filipe Camelo.

Lanificios.doc – Documentário em aberto



Ei o texto que fiz para a apresentação do filme de Luís Silva e que ocorreu no passado Sábado à noite no Cineteatro da Casa da Cultura, perante uma plateia de mais de 300 pessoas.


"Lanificios.doc", de Luís Silva é um documentário de 53 minutos, onde o realizador aborda várias questões relacionadas com a indústria dos lanifícios na região da serra da Estrela.

Mostrar através de depoimentos e imagens actuais e antigas a força que esta industria tinha na região e os motivos pelos quais se instalou aqui. Depoimentos de autarcas e ex-autarcas, sindicalistas e ex-trabalhadores, empresários e ex-empresários, que em diálogo simples e corrente desfiam também, cada um por si, as contas do rosário do declínio desta importante mono-industria na região, nas décadas de 60, 70 e 80.

Lanificios.doc dá-nos conta, pela voz dos intervenientes, de uma visão desse passado, outrora rico, sem que no entanto o documentário assuma uma perspectiva de levantamento histórico, remetendo isso sim, para os tais testemunhos vivos.

Não é um filme da história dos lanifícios da serra da Estrela, é isso sim, uma amostra do muito que há para ver, sobre a riqueza de um sector que marcou uma geração. Uma obra que abre a janela a mais trabalhos sobre o tema, pelo muito que fica por contar.

Como documentário, Lanificios.doc remete para um compromisso de exploração de uma realidade passada, mas, como no cinema de ficção, acaba por ter também laivos de representação parcial e subjectiva da realidade. Mas tanto numa, como noutra perspectiva, o fio condutor leva o espectador a reflectir sobre uma temática importante, que dominou uma região, cumprindo e fazendo cumprir uma função do género documentário. Assim como se inscreve outra missão, que é a de valorização do património histórico e cultural reportada à ancestralidade de uma indústria rica de valores sociais e humanos.

Enquanto pessoa que se dedica à realização de documentários nos tempos livres, Luís Silva, que em 2009 recebeu uma menção honrosa no Cine’Eco pelo seu filme “Os Últimos Moinhos”, surge agora com Lanificios.doc, num registo mais elaborado e cuidado. Mais maduro, numa obra que, enquanto objecto artístico assinala progressos pontuais, ora por planos cuidados, ora por recortes fotográficos ou sonoros, já que desta vez há uma equipa constituída e funções repartidas.

Obviamente que há aqui ou ali pormenores a emendar, mas mesmo assim não esmorecem a intenção e a obra – esse trabalho que fica para registo presente e memória futura no panorama do vídeo amador local, que quer dar o salto. E por assim ser, aqui está, na Casa Municipal da Cultura de Seia, local onde se acede, mas onde também se faz cultura. Num espaço que o Município disponibiliza cada vez mais aos seus cidadãos que no campo artístico se destacam e se dispõem a partilhar com os diversos públicos.

Por isso, o Luís Silva, enquanto realizador, a Marta Correia, que assina o argumento, o Nuno Pinheiro que é fotógrafo, o músico David Fidalgo e o Wilmer da Silva, que fez a montagem, são dos muitos artistas locais que vão deixando marcas performativas nesta casa, que é o palco privilegiado do concelho de Seia e onde está constantemente a acontecer cultura. Agentes que ajudam a cumprirem a missão deste espaço cultural municipal em constante dinamismo.
Parabéns!


Seia, 19 de Novembro de 2011
Mário Jorge Branquinho

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os Correios de São Romão


No post anterior escrevi que os correios de São Romão vão fechar e que a população pouco se importa. A afirmação vem dos rumores que correm, mas assenta sobretudo no facto de que nos dias de hoje, as reacções a este tipo de situações ser diferente de antigamente. Uma curta afirmação para fazer o contra-ponto sobre as manifestações de repúdio à extinção de freguesias.
No entanto, acabo de receber uma mensagem do Presidente da Junta de São Romão, a esclarecer a situação e a luta travada, essa sim pela Junta, e nem tanto pela população, para a manutenção do Posto de Correios local.

É a seguinte, a mensagem que Luciano Ribeiro, um jovem Presidente de Junta dinâmico me dirige:

“De facto o serviço dos Correios está sobre ameaça, como muitos outros no país, dada a pressa da privatização (e não só).

Sobre o assunto em que fomos abordados, de forma ligeira, (o que é que achávamos, o que se estava a passar no país e tal) pelos CTT em julho e depois em setembro de forma mais acutilante, com data de encerramento e tudo!

Em Setembro convocámos uma Assembleia de Freguesia para discutir o possível encerramento e hipóteses em cima da mesa, que foi concorrida.

Dessa reunião do órgão máximo da Freguesia e da participação dos seus elementos e publico, considerou-se conveniente negociar com os CTT a melhor forma de se manter o serviço à população.

O serviço não vai fechar, sendo certo que dentro de alguns meses terão que haver mudanças. A população está informada que de uma maneira ou de outra o serviço vai continuar, dentro do possível, com melhores padrões de qualidade, dado que desde que começou a conversa os CTT não têm primado por melhorar o serviço prestado à população!!

Numa nova solução até poderemos acrescentar alguns serviços à população de São Romão, e outros utilizadores dos CTT que agora não estão disponíveis.

Pela Junta de Freguesia, continuava como estava, mas o essencial é permanecer a oferta de serviços à população (principalmente a empresarial e mais idosa) e se possível melhorar.

Agora, concordo contigo: a reforma administrativa merece outro tipo de luta de todos nós!”

Os ânimos das populações

Parece que tudo mudou. E mudou mesmo!
Parece que vai fechar o serviço de correios em São Romão, mas ninguém se importa muito com isso. Antes, poderia haver tumultos. Hoje não!
A explicação que me assiste (!) tem a ver com o facto de as pessoas hoje terem mais com que se preocupar. Hoje a questão do emprego e da carestia de vida conta mais.
Há questões da vida da comunidade que não suscitam entusiasmo. Que sejam os políticos a tratar disso, parece ser a ideia.
No entanto há excepções. E algumas delas residem nesta questão da reforma administrativa das freguesias. Aí eu penso que pode haver tumultos. Quando se fala em acabar com uma freguesia para se fundir com outras, julgo que as populações não vão aceitar de ânimo leve.
Ainda recentemente houve pelo menos dois casos sintomáticos no concelho de Seia. A Junta de Carragosela convocou uma reunião com o povo, por causa da extinção daquela freguesia e juntaram-se mais de 200 pessoas, numa aldeia com pouco mais de 300!
Outro caso foi na Freguesia da Cabeça, onde se juntaram perto de 100 pessoas, quase metade da população. Assim, de um dia para o outro.
E nesta matéria, ainda a procissão vai no adro.
Sinais dos tempos!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dança Contemporânea, esta sexta-feira na Casa da Cultura de Seia


O Cineteatro da Casa Municipal da Cultura de Seia vai ser palco para apresentação da “Menina de Pedra” do Quorum Ballet, no âmbito da programação do Município local.
O espectáculo, que neste mês de Novembro passa pelo Coliseu do Porto, Cineteatro de Alcobaça e Aula Magna em Lisboa, tem a direcção artística de Daniel Cardoso e interpretação dos bailarinos Theresa da Silva C., Filipe Narciso, Elson Ferreira, Inês Godinho, Inês Pedruco, Matilde Gilhet, Gonçalo Andrade.

Um grupo de amigos passeia numa zona esquecida da cidade. No meio dos arbustos e restos de obras descobrem uma velha estátua. Assustados com a expressão trágica da estátua, os amigos procuram fugir daquele local. São interceptados por um velho sem-abrigo que os avisa que o local é mal frequentado e adverte-os contando-lhes a história daquela estátua. Há muitos anos, uma menina, que tanto gostava de dançar foi transformada em estátua por uma terrível bruxa. A bruxa mantinha as suas ruas em absoluto silêncio, detestava qualquer movimento e todo o som. Ora, a menina, que tanto gostava de dançar, ao chegar àquela praça começou a fazê-lo. Furibunda, a bruxa, apanhou-a com as suas artes mágicas e transformou-a numa estátua. Os amigos decidem então ajudar a estátua. Como? Um deles tem uma ideia: Se a bruxa transformou a menina porque, ao parar o seu pensamento, lhe roubou a capacidade de movimento, talvez o reaprender do movimento lhe ajude a recuperar o pensamento.
E não há movimento mais fascinante, mais capaz de impressionar, do que a dança, de que a menina tanto gostava. É preciso dar lições de dança à estátua. Todos se empenham. A estátua recupera gradualmente os movimentos e acaba por se juntar aos amigos na dança, voltou a ser uma menina, bem viva.

Bilhetes: Normal – 3,5 €; C/ Cartão Municipal – 1,75€


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O meu modesto contributo político



Um destes dias, um amigo, por quem nutro simpatia e estima pessoal, embora com frequentes divergências sobre política local, dizia-me que ultimamente não tenho tido uma análise tão crítica como a que segui ao longo dos últimos anos.


Perante tal afirmação, lá tive que explicar que, desde que assumi a liderança da bancada do PS, apenas me coloquei num outro patamar de intervenção. E que a partir daí me propuz a dar o meu modesto contributo à Câmara na implementação das melhores práticas, com espírito de lealdade e de disciplina que estas posições impõem.


No entanto, isso não tem impedido que esse meu espírito crítico prevaleça, só que, deixou de ser em primeira linha do domínio público, passando primeiro pelos órgãos próprios quer no partido a que pertenço, quer no quadro da Assembleia Municipal e Assembleia Intermunicipal, onde uso as respectivas tribuna e as reuniões a que sou chamado.


Ou seja, primeiro falo dentro dos órgãos a que pertenço, procurando influenciar a Câmara, naquilo que entendo que é o melhor para o concelho, e só depois recorro à “via publica”, ou seja, à comunicação com as pessoas, através dos jornais das rádios, do blogue ou do facebook. O que não invalida que me cale! De resto, têm sido bem visíveis as minhas posições públicas, quer sobre as vias de comunicação e em particular a luta travada pela construção dos Itinerários da Serra da Estrela, quer sobre a nova reforma administrativa, ou na defesa da consolidação do ensino superior em Seia, do Hospital ou do próprio Centro de Emprego.


No quadro da política local há muito trabalho produzido e que nem sempre é visível, porque os tempos mudaram muito e hoje, para se conseguir um objectivo é preciso o dobro do esforço do que era dispensado em anos anteriores, em que o paradigma autárquico assentava em fazer obra, viesse o dinheiro de onde viesse.


Por isso é que os panoramas mudam e as posições também. No entanto, estou em crer que nem tudo é mau, apesar da conjuntura.


Estou também em crer que virão aí novidades no quadro da discussão política autárquica, para se fazer mais e melhor pelo concelho de Seia, que bem merece, a partir da situação em que actualmente se encontra. E os problemas maiores, são sem sombra de dúvida dois: A divida autárquica, que é enorme, como um pouco por todo o lado e o desemprego. No caso da dívida, é preciso dizer que não há dinheiro para nada e que ainda decorre o processo de reequilíbrio financeiro, lançado em momento oportuno pelo município. No que tem a ver com a política de emprego, o que sei é que estão também a ser feitos esforços para captação de investimento, apesar do período negro que atravessamos.


Por mim, e enquanto não desistir de estar na causa pública, de uma forma ou de outra, de modo público ou discreto, continuarei a lutar pelo que acredito e a ajudar quem se dispõem a fazer o que sabe e pode pelo nosso concelho.


O resto é conversa!



terça-feira, 8 de novembro de 2011

Publico (sinhos) de Seia

Tanto quanto sei, para as Jornadas Históricas que decorrem a partir de quinta-feira na Casa Municipal da Cultura, por iniciativa do município através do Arquivo Municipal, estão inscritas quase duzentas pessoas oriundas de todo o país, das quais 3 ou 4 são do concelho de Seia. E tanto quanto sei também, esta é uma prática habitual.


Ou seja, vem gente de todo o lado, mas os de Seia não aderem, na lógica de que santos da casa não fazem milagres! Por um lado, nem é mau, porque se vem gente de fora, é dinheiro que entra na economia e a iniciativa, de grande valor científico, cumpre um dos seus objectivos fundamentas – o de atractividade da cidade pela via cultural. Mas por outro lado, dá que pensar. Que as pessoas de Seia, sobretudo as chamadas elites (palavra pesada) andam de costas voltadas para o que de bom em termos culturais se faz em Seia. Já às vezes noto isso em grandes espectáculos realizados na Casa da Cultura. Um certo distanciamento algo inexplicável. Ainda há dias um amigo me perguntava – onde andam os professores, os médicos, os advogados de Seia, que não se vêm nestas paradas?

Não sei, só sei que aparecem pouco e desses, os que aparecem são quase sempre os mesmos. Mas mesmo assim, entendo que não se deve desistir, até porque se não aparecem estes, aparecem outros, que lucram com a oferta, e a persistência, a coerência na programação são dados fundamentais na chamada criação de públicos.

E Seia tem percorrido um caminho que tem dado frutos, registando concertos e outros espectáculos com adesões significativas, atendendo à dimensão do concelho e da cidade.

Contingências culturais!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Jornadas históricas, coordenadas por Fernando Catroga na Casa Municipal de Cultura de Seia

“A História e o Corpo” é o tema que, entre 10 e 12 de Novembro, vai estar em debate nas Jornadas Históricas, que terão lugar em Seia, no auditório da Casa Municipal da Cultura. Naquela que é a 14ª edição da iniciativa, o Corpo constituirá o enfoque das intervenções que integram o programa, no qual se destaca a presença de conceituados oradores, como Moita Flores, Jorge Costa Santos, Manuel Lisboa e António Manuel Hespanha. Promovidas pelo Município de Seia, através do Arquivo Municipal, as Jornadas serão coordenadas, à semelhança de anos anteriores, por Fernando Catroga, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
No âmbito das jornadas, decorrerá nas Galerias da Casa Municipal da Cultura uma exposição colectiva de pintura, escultura e fotografia, organizada em parceria com a Associação de Arte e Imagem de Seia, cujo tema central é precisamente o corpo.
O programa contempla ainda um espectáculo de dança contemporânea, MENINA DE PEDRA, pelo Quorum Ballet, na sexta-feira, dia 11-11-2011!

Cerca de 200 pessoas de todo o país estarão inscritas, trazendo à cidade um movimento apreciável, sobretudo ao nível de restauração e hotelaria.

domingo, 30 de outubro de 2011

Opíparos pratos, no Sabugueiro


Hoje comi uns torresmos à moda antiga feitos pela Maria do Adriano, no Restaurante Ribeira D’Alva no Sabugueiro, como há muitos anos não comia. Que sabor! Que tempero!
Há trinta anos, pelo menos, este sabor era próprio do dia da matança do porco nas aldeias e hoje recuperei essa memória. E a acompanhar, na travessa, as castanhas piladas, para saborear ainda mais, já que estamos no Outono e porque decorre no Sabugueiro a Mostra Gastronómica sob o signo dos “Sabores de Outono”.

Declaração de intenções: O Restaurante Ribeira D’Alva é propriedade do meu irmão Pedro Banquinho.
Mas, adiante. A Mostra Gastronómica decorre até dia 12 de Novembro e para além do Ribeira D’alva há mais 10 restaurantes de portas abertas, com enorme sucesso pelas iguarias que colocam na mesa.
Quem vai de Seia para a serra, tem logo do lado esquerdo o Restaurante Mirante da Estrela, onde é atendido pela Olinda, que serve os pratos confeccionados por sua mãe, Ivone Dias. Dos vários pratos servidos, é famoso, ali o arroz de carqueja, embora a ementa tenha muito por onde escolher.
Logo a seguir, ainda do lado esquerdo temos o Restaurante do Abrigo da Montanha,
AQUI com um cozinheiro de craveira, que além do bacalhau com pão, confecciona opíparos pratos que vão para lá da banalidade das ementas turísticas.
Do outro lado da estrada surge o restaurante “O chocalho”, onde predominam os grelhados e outras comidas caseiras, seguindo-se do mesmo lado o Monte Estrela, onde a D. Maria do Rosário tanto pode fazer um bacalhau “do outro mundo”, como um cabrito de se lhe tirar o chapéu.
Mais à frente, do lado esquerdo, surge a Casa Martins, onde a D. carmina e a sua simpatia, tanto serve uma feijoca à Lavrador, como um cabrito ou um borrego de se comer e chorar por mais. E uma sobremesa especial – bolo de bolacha como não há nas redondezas.
Do outro lado da estrada, sobranceiro, situa-se o Grelhados da Serra, que como o nome indica tem bons grelhados, mas onde também se pode saborear a truta na grelha ou a chanfana, entre outros.
Mais abaixo, junto ao Ti Rito, está o Nevão, que é famoso pela chanfana e por lá comerem figuras conhecidas do publico português e não só. Como em tantos outros destes restaurantes! É uma casa pequena e aconchegante, onde o requinte dos pratos confeccionados pela São Dias, é servido à mesa pelo marido Filipe Lopes.
Em plena avenida principal, ou rua do comércio, qual centro comercial a céu aberto, surge do lado direito a Casa Mir Alva, talvez o Restaurante mais conhecido aqui por Seia, já que é muito concorrido por pessoas desta região, além dos turistas. A contribuir para isso, está a simpatia e o trabalho do Luís Mestre que sabe cativar com os temperos e sabores da serra mas também do Alentejo,já que Luis Mestre, que reside no Sabugueiro Há mais de 20 anos, é alentejano.
Depois segue-se a Cozinha Serrana, que além das morcelas, tem cabrito e uma imensa variedade de sabores como se pode verificar no seu blogue
AQUI
A seguir vem o Ribeira D’Alva, de que já falei e mesmo à saída para a serra, o Restaurante Casa da Ponte, que além da chanfana, cabrito e outros, tem carne de cavalo!
Com tudo isto, ficamos com muita água na boca, e nem falámos das sobremesas, nem das entradas, nem dos vinhos.
Mas tudo isso, deixamos para provarem e comprovarem, até dia 12 de Novembro, com descontos de 15% e todo o ano, claro!


http://www.sabugueiro.pt/restaurantes.php?pageNum_restaurante=0



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Encontro Distrital de Associações Juvenis em São Romão e Seia



De 28 a 30 de Outubro, vai decorrer em São Romão e na Casa Municipal da Cultura de Seia o XV Encontro Distrital de Associações Juvenis e VI Transfonteiriço.
O EDAJ- Encontro Distrital de Associações Juvenis é já reconhecido como a maior manifestação de jovens e associações juvenis, organizado por uma Federação Regional.
Neste encontro, a organização pretende inovar fazendo uso das características e riquezas endógenas do Concelho de Seia, promovendo a partilha de experiências e opiniões entre os dirigentes associativos e afirmando a Mostra Associativa como momento de excelência de animação.
José Sério da Casa da Juventude D. Ana Nogueira de São Romão e Presidente da Federação das Associações Juvenis do Distrito da Guarda é um dos impulsionadores deste grande evento.


Seia e São Romão somam pontos com a organzação deste escontro que promete mobilizar cerca de 300 jovens portugueses e espanhóis.


BLC3 quer investimento de 700 mil euros para valorizar a Pêra Passa, que também se produz em Seia


A BLC 3, plataforma para o desenvolvimento da região Interior Centro, está a desenvolver um projecto de inovação para valorizar uma das maiores riquezas da região, a Pêra de São Bartolomeu. O projecto pressupõe o investimento de 700 mil euros e candidatou-se aos fundos comunitários da União Europeia.
De acordo com a BLC 3, a Pêra de São Bartolomeu, também conhecida por Pêra Passa, quase desapareceu por falta de investimento tecnológico. Em 1930, segundo um estudo divulgado pela então Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas, produziam-se, só no concelho de Oliveira do Hospital – o principal solar da Pêra Passa – cerca de 90 toneladas do fruto. Hoje, num processo que continua a recorrer a métodos ancestrais, este número desceu para as seis toneladas.
O projecto candidatado pela BLC 3 ao QREN prevê a criação de uma unidade piloto que descasca, desidrata, espalma e embala as peras, automatizando todo o circuito que vai desde a produção até à entrada na cadeia comercial.
“Os testes feitos na unidade piloto vão permitir, mais tarde, a industrialização desta riqueza regional e a sua recuperação para o mercado nacional e internacional. A principal zona de produção dos frutos da Pereira de S. Bartolomeu situa-se nos concelhos de Oliveira do Hospital, Tábua, Seia e algumas freguesias dos concelhos de Viseu, Nelas, Gouveia, Mangualde e Santa Comba Dão”, explica a BLC 3 em comunicado.

A BLC 3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro deve-se a uma forte aposta da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital para desenvolver o seu município e a região e dispõe de uma estrutura de excelência com ligação à Universidade de Coimbra, Universidade de Aveiro, Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital, Instituto Politécnico de Coimbra, Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, BIOCANT, Universidade do País Basco e Conselho Superior de Investigação Científica de Espanha.



Um exemplo a seguir.



domingo, 23 de outubro de 2011

Câmara de Seia distinguida pelo apoio integrado à família




Uma boa notícia para Seia. A Câmara Municipal recebeu a distinção do Observatório para as Autarquias Familiarmente Responsáveis pelo reconhecimento efectivo do trabalho desenvolvido.


Trata-se uma distinção que tem como critério de análise um estudo aprofundado de cada autarquia, sendo a sua análise da inteira responsabilidade do Observatório.


Este reconhecimento resulta das políticas de família que têm vindo a ser implementadas pelo município em diversas áreas de actuação: apoio à maternidade e paternidade, apoio às famílias com necessidades especiais, serviços básicos, educação e formação, habitação e urbanismo, transportes, cultura, desporto, lazer, cooperação, saúde e outras iniciativas,

Para entregar as Bandeiras às Autarquias, esteve presente o Secretário de Estado da Administração Local, o Secretário Geral da Associação Nacional de Municípios, o Presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e o Representante do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis.


Carlos Filipe Camelo recebeu a Bandeira de Seia, sendo que no Distrito, foi ainda contemplada a Câmara da Guarda.

Estão de parabéns todos aqueles que no município contribuíram e contribuem para a melhoria da condição de vida social dos mais desprotegidos.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vozes de Seia contra o encerramento das freguesias


José Pinto no Blogue da Freguesia da Cabeça faz referência às várias vozes que se levantam contra o encerramento das freguesias rurais do concelho de Seia.

José Pinto, uma voz lúcida no quadro de desenvolvimento do nosso concelho e em particular da freguesia da Cabeça, escreve a propósito:

“Numa altura em que assistimos à voracidade do governo em reformar a Administração Local com critérios demográficos absolutamente imprudentes e com métodos geográficos aberrantes, demolidores, completamente desfasados da realidade, algumas vozes se levantam publicamente na imprensa do concelho de Seia contra estas medidas "de régua e esquadro".

O resto do texto, onde faz referência à minha posição e de Eduardo Brito, pode ser visto
AQUI

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ITINERÁRIOS DA SERRA DA ESTRELA PODEM SER EXECUTADOS COM VERBAS COMUNITÁRIAS


O Movimento MAIS no âmbito da luta travada para a construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela IC6, IC7 e IC37, recebeu recentemente uma comunicação do Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de que “está a ser considerada a possibilidade de incluir a execução destas obras no processo de reprogramação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN)”.

A missiva governamental veio na sequência dos vários pedidos feitos a todos os órgãos de soberania, por parte do MAIS, e os quais mereceram muitas reacções positivas e de forte abertura para a sua execução.

Neste sentido, o Movimento acaba de pedir uma audiência ao Secretário de Estado das Obras Públicas de modo a “conhecer em detalhe toda a situação atinente ao melhor desfecho para estas justas aspirações das populações, numa altura em que estamos cercados por auto-estradas com portagens, e que se necessita de um sinal do Governo no apoio inequívoco às pessoas do Interior do País”.


http://itinerarioserradaestrela.blogspot.com


Escola Superior de Turismo e Hotelaria é do melhor que Seia tem



Do melhor que Seia tem é a existência da Escola Superior de Turismo e Hotelaria do IPG.

Trata-se de uma unidade orgânica do Instituto Politécnico da Guarda já muito consolidada na nossa comunidade. Já lá vai o tempo que era um mero Polo do IPG. Há mais de uma década que é uma escola autónoma com mais de 400 alunos, a funcionar em modernas instalações inauguradas em Dezembro de 2004. Um edifício bem equipado, já que ali funcionam disciplinas práticas, ligadas à hotelaria e restauração, razão mais do que sobrante para que consolide cada vez mais a sua posição no quadro de estabelecimentos de ensino superior. Se se tratassem de cursos de lápis e papel, mais facilmente poderia haver a tentação de deslocar a escola para a Guarda, mas não.

No entanto, a comunidade senense deve manter-se vigilante e procurar contribuir para a valorização desta escola que tem seguido o seu caminho, tornando-se de ano para ano, num centro formativo de excelência, especializado nas áreas do Turismo, da Hotelaria e da Restauração em termos de ensino superior.

E quanto melhor for a escola, tanto mais beneficia o concelho de Seia em particular e a capital de Distrito em geral, pela sua posição de força e pelos ganhos de escala, dado que contribuirá sempre para aumentar a grandeza do Instituto Politécnico e não o seu contrário.

Ainda recentemente uma reportagem do Jornal de Negócios, colocava o Curso de Licenciatura em Turismo e Lazer desta escola como o curso com melhor taxa de empregabilidade nesta área cientifica específica.

Os dados, que foram retirados do estudo “A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior – 2010” do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), colocam a formação em Turismo e Lazer da ESTH/IPG, em primeiro lugar de uma lista de 18 cursos e instituições, com uma taxa de desemprego de apenas 3,7% demonstrando assim os altos índices de empregabilidade alcançado pelos alunos formados nesta licenciatura.

Por isso, eu digo e repito que a Escola Superior de Turismo e Hotelaria, é do melhor que Seia tem em matéria de desenvolvimento local e que em muito valoriza a própria Guarda.


"Crónica de Seia" publicada no Jornal Terras da Beira - Guarda

MJB

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nenhuma das 10 freguesias do concelho de Seia deverá encerrar

Hoje participei num debate promovido pela Assembleia Municipal de Seia sobre a nova orgânica para as Freguesias, no âmbito da reforma da Administração Local que pretende ser implementada.
Segundo o Livro Verde publicado, o Concelho de Seia ficará sem 10 Freguesias, do conjunto das suas 29. Assim, sem mais! Tudo feito através de critérios delineados em Lisboa e aplicados de forma igual, a régua e esquadro para todo o país.
Óbviamente que cada concelho é uma realidade diferente e as freguesias das grandes cidades do Litoral são bem diferentes das das zonas rurais do Interior. Daí que, cada caso é um caso.
Por isso, defendi hoje nessa reunião que nenhuma das 10 Freguesias do Concelho de Seia deve fechar, e quando muito que feche uma que não foi contemplada. A própria Freguesia de Seia, que tem o seu edifício a 20 metros do edifício da Câmara, podendo discutir-se a melhor formar de agrupar as suas anexas.
À luz deste Livro, a Freguesia de Santa Marinha seria extinta porque, segundo os critérios delineados teria de ter 1.000 habitantes. Como tem 998, por dois habitantes, perderia o estatuto de Freguesia. Não pode ser!
A Freguesia de São Martinho, ali ao lado, também com todo o seu peso histórico e cultural, com perto de 700 habitantes seria igualmente eliminada. Se se lhe atribuir Vodra e Arrifana, por exemplo, já que há muitas afinidades e grande proximidade, poderá facilmente chegar-se a um número próximo dos 1000.
Segundo o critério aplicado à Lapa dos Dinheiros, faltar-lhe-ão 6 habitantes para se manter como Freguesia. Logo, também não será difícil de ultrapassar esta questão.
As Freguesias de Carragosela e Folhadosa, são integradas na categoria de Áreas Maioritáriamente Urbanas (AMU), o que só pode ser um erro, como toda a gente percebe. E é um erro, porque o critério usado é a medição das distâncias à sede do Concelho, que é feita em linha recta, desde o edifício da Câmara ao campanário das igrejas, o que é um perfeito disparate.
Depois temos a Freguesia de Cabeça que fica a 22 Km de Seia e a Freguesia mais próxima fica a 10 km, para não falar das outras freguesias distantes e quase todas com perto de 300 habitantes e com sectores sociais e económicos importantes, como é Sazes da Beira, que possui um Lar de Idosos com 60 pessoas, mais uma população emigrande significativa que começa a regressar.
Por tudo isto e pelo facto das Juntas de Freguesia serem elementos essenciais no desenvolvimento das localidades, para que o nosso concelho não definhe de vez, entendo que se devem manter, além de que a poupança feita não é assim tão expressiva. Resultando em poupança muitíssimo insipiente.
Já quando foi da discussão do encerramento de escolas, também se estabeleceu que em terras com menos de 21 alunos os estabelecimentos fechavam, mas o que aconteceu foi que escolas com 17 ou 18 alunos se mantiveram. Aqui também terá que prevalecer essa lógica, porque enquanto há vida há esperança e teremos de nos bater pela manutenção de pelo menos 28 das nossas 29 freguesias.
Obviamente que esta é uma questão que tem de ser remetida para discussão nas freguesias, em plenários com o povo e com debate na Assembleia Municipal, mas cujo onus não pode ser atribuído à Câmara Municipal, como referiu na ocasião Carlos Filipe Camelo.
Em face disto, vamos ver como serão as cenas dos próximos capitulos, sendo que da minha parte haverá todo o apoio na manutenção das nossas freguesias, porque entendo que são verdadeiras molas reais no desenvolvimento do nosso território e órgãos privilegiados no apoio às populações, dado que são quem está mais próximo das realidades.
Os casos que nos dão relativamente ao encerramento de Freguesias em Lisboa ou noutras cidades de grande dimensão do Litoral, não podem servir de exemplo para fecharem as portas de uma parte significativa das nossas Juntas de Freguesia. Cada caso é um caso!
Por tudo isto e muito mais, teremos de ser determinados na defesa das nossas freguesias, porque não é por aqui que se combate o defice, pelo menos no nosso concelho, como acabei de demonstrar.

domingo, 16 de outubro de 2011

“Le temps des grâces” vence CineEco 2011



O documentário francês “Le temps des grâces / O Tempo das Graças”, de Dominique Marchais, ganhou o Grande Prémio Ambiente do CineEco 2011. O galardão foi entregue esta noite na Casa Municipal da Cultura de Seia, juntamente com os restantes premiados. A noite acabou com um concerto dos Deolinda totalmente esgotado, que encerrou a 17ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela que, pela primeira vez, foi co-produzido pela Zero em Comportamento (organizadora do IndieLisboa).
Conheça aqui o palmarés completo do CineEco 2011.




PRÉMIOS ATRIBUÍDOS PELO JÚRI DA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
(Ana Isabel Strindberg, programadora de cinema; José Vieira Mendes, crítico de cinema; Pedro Barbosa, biólogo e cineasta brasileiro)

GRANDE PRÉMIO AMBIENTE (no valor de 2.500 €, é patrocinado pela Câmara Municipal de Seia e foi atribuído à longa metragem considerada a melhor entre todas as presentes na Competição Internacional): “Le temps des grâces (O Tempo das Graças)”, de Dominique Marchais (França)

Prémio Especial do Júri: “Under Control (Sob Controlo)”, de Volker Sattel (Alemanha)

Menção Honrosa: “Angst”, de Graça Castanheira (Portugal)

PRÉMIO COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS (no valor de 1.250 €, é patrocinado pelo Programa Gulbenkian Ambiente e foi atribuído à curta metragem considerada a melhor entre todas as presentes na Competição Internacional): “Un monde pour soi (Um Mundo para Si)”, de Yann Sinic (França)

Menção Honrosa: “Casus Belli”, de Yorgos Zois (Grécia)

PRÉMIO ANTROPOLOGIA AMBIENTAL (sem valor pecuniário, foi atribuído à obra da Competição Internacional que melhor aborda a temática da antropologia ambiental): “Cities on Speed: Bogota Change (Cidades Aceleradas: Bogotá em Mudança)”, de Andreas M. Dalsgaard (Dinamarca)

Menção Honrosa: “Unfinished Italy (Itália Inacabada)”, de Benoit Felici (Itália)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO JÚRI DA COMPETIÇÃO LUSÓFONA
(Óscar Sánchez, jornalista e crítico galego; Sílvia Reis, docente na Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda; Tiago Pereira, realizador)
PRÉMIO CAMACHO COSTA (no valor de 1.500 €, é patrocinado pela Liberty Seguros e foi atribuído ao filme considerado o melhor da Competição Lusófona): “Muito Além”, de Mário Gomes (Portugal / Alemanha)
Menção Honrosa: “Como as Serras Crescem”, de Maria João Soares (Portugal)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO JÚRI DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CIÊNCIA VIVA
(Patrícia Tavares, membro da direcção do Geota – Grupo de Estudos de Ordenamento e Território e Ambiente; Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica; Valdemar Rodrigues, Doutorado em Engenharia do Ambiente e Docente na Universidade Lusófona)

PRÉMIO EDUCAÇÃO AMBIENTAL CIÊNCIA VIVA (no valor de 1.500 €, é patrocinado pela Ciência Viva e distinguiu a obra da Competição Internacional que, do ponto de vista didáctico-científico, melhor aborda a temática da educação ambiental): “My Favourite Supermarket (O Meu Supermercado Favorito)”, de Ling Lee (Reino Unido)

Menção Honrosa: Bogota Change (Cidades Aceleradas: Bogotá em Mudança)”, de Andreas M. Dalsgaard (Dinamarca)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO JÚRI DA JUVENTUDE
(Ana Patrocínio, estudante de Design de Comunicação; Carla Pereira, finalista de Restauração e Catering; Hugo Godinho, estudante de Design de Comunicação; Francisco Baptista, licenciado em Media Writing com especialização em Argumento)
PRÉMIO DA JUVENTUDE UNIVERSIDADE LUSÓFONA (sem valor pecuniário, foi atribuído à obra da Competição Internacional que melhor reflecte os interesses e preocupações ambientais dos jovens): “Angst”, de Graça Castanheira (Portugal)

Menção Honrosa: “Un monde pour soi (Um Mundo para Si)”, de Yann Sinic (França)

PRÉMIO ATRIBUÍDO PELO PÚBLICO

PRÉMIO DO PÚBLICO ENDESA (no valor de 1.500 €, é patrocinado pela Endesa. Foi votado por todos os espectadores das longas e curtas metragens da Competição Internacional, Competição Lusófona e secção Guerrilha Verde, e atribuído ao filme que obteve a pontuação mais alta):

“Eco Ninja”, curta metragem de Jonathan Browning (EUA)


Cinema na Serra da Estrela põe o Brasil em Portugal


A Jornalista brasileira Leia Teixeira esteve em Seia no Cine’Eco e escreveu para a revista Amazônias sobre o Festival, destacando a presença brasileira na competição e descrevendo o concelho de Seia, como território atrativo e privilegiado do ponto de vista cultural e ambiental.


Seia assume-se como um local previlegiado de encontro com a natureza. Logo é a cidade portuguesa mais adequada para a realização de um festival de cinema, sobre a temática ambiental. No entanto, a diversidade e beleza da paisagem e do património, bem como da gastronomia e a cultura, constituem igualmente motivos de grande interesse para uma visita turística durante todo o ano.
Para começar Seia fica situada no sopé da montanha, onde no inverno é possível esquiar e praticar desportos de inverno. Mas fica ainda perto de um conjunto de belas vilas e aldeias de montanha, (Loriga, Sabugueiro, Vide), inseridas num ambiente natural, que podem ser pontos de partida para conhecer melhor a região, percorrer itinerários de caminhadas e locais de desportos da natureza.
O conhecimento e preservação do património ambiental da serra da Estrela faz-se ainda através do Centro de Interpretação da Serra da Estrela (Cise), uma excelente infra-estrutura expositiva, que desenvolve um conjunto de atividades educativas de divulgação ambiental, investigação e promoção turística.
É possível reservar um guia especializado nas várias áreas (geologia, fauna e flora) para melhor conhecermos o maciço montanhoso. A cidade é ainda dotada de um conjunto de equipamentos museológicos e de lazer que constituem um grande exemplo de diversidade: Museu do Brinquedo, Museu Etnográfico, Museu da Electricidade (um excelente retrato da evolução do aproveitamento hidríco na região) e por último um Museu do Pão, espaço perspectivo e histórico deste alimento, que tem ainda um excelente restaurante onde são servidos pratos tradicionais e os mais ricos manjares da região: queijo da serra da Estrela, requeijão, pão, broa, bolo negro de Loriga, vinho enchidos e cabrito.
A par disso e do Cise há ainda um conjunto de equipamentos culturais de grande atração: a Casa das Artes, Biblioteca e principalmente a Casa Municipal da Cultura, um espaço onde são exibidos a maioria dos filmes do CineEco.


O texto pode ser lido na íntegra AQUI


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lemos, vemos e ouvimos e não gostamos



Hoje ouvi uma conversa de rua sobre a situação actual do país.
Dizia uma pessoa: - Já viste, agora cortam-nos o subsídio de Natal e o subsídio de férias. É só cortar nas regalias e aumentar tudo.
É verdade - retorquiu a outra.
Pois - acrescentou a terceira pessoa – então como é que eles querem aumentar as receitas se as pessoas vão deixar de comprar mais sapatos, mais camisas, vão deixar de ir ao restaurante? Assim não funciona a economia. Asfixiam tudo.
Pois - acrescentou a primeira – assim fecham as lojas porque não vendem, e se fecham as lojas e as outras empresas que produzem, não há impostos e nem há dinheiro para nada.
Pois não – barafustou a segunda pessoa da conversa, rematando – ainda por cima os poucos que resistem vão fugir aos impostos. No final das contas ainda estamos mais falidos do que agora.
Pois sim – assentiu uma delas – e ninguém quer a culpa mas são todos culpados, políticos dos partidos todos, o Presidente da República, os sindicatos que só queriam regalias e até os bancos que só criavam ilusões!
Pois é – penso eu - é mesmo! E não se ouve o Ministro da Economia a dar uma boa nova no incentivo às empresas. Nada!
Do que dá para ver e ouvir, não é assim que em 3 anos lá vamos chegar. Era melhor dar mais anos à Troika para darmos mais vida às pessoas e irmos mais devagar, como diz a Manuela Ferreira Leite, senão quando damos conta já não temos pessoas e aí já não há défice que importe!

Verdes são os territórios do Interior


Hoje, a partir das 18 horas, terá lugar no Espaço Internet da Casa Municipal da Cultura (1º piso) um debate subordinado ao tema – "Verdes são os territórios do Interior”.
Organizado pela CAOS e Município de Seia no âmbito do Cine’Eco, o referido debate contará com a presença de Carla Castelo, Jornalista da SIC e especialista em Ambiente; Carlos Filipe Camelo, Presidente da Câmara Municipal de Seia; Nuno Lacasta, Director do CECAC– Comité Executivo da Comissão para as Alterações Climáticas; José Manuel Palma, Professor na Universidade de Lisboa e Helena Freitas, Vice-Reitora da Universidade de Coimbra.

Esta tertúlia-debate enquadra-se num projecto mais vasto - o ECO2Seia – que, através de um conjunto de iniciativas, pretende sensibilizar os cidadãos e agentes económicos da região para a importância da eficiência. O principal objectivo é dar a conhecer a um público abrangente argumentos que demonstrem que a criação de riqueza nos territórios do interior passa pelo ambiente, pelo baixo carbono e por uma aposta na sustentabilidade. Para fazer de Seia uma cidade referência em termos ambientais, a Câmara Municipal aderiu ao Pacto dos Autarcas em 2010 (cujo objectivo é implementar as melhores práticas no domínio das energias sustentáveis no concelho) e encontra-se actualmente a elaborar o seu Plano de Acção para a Energia Sustentável, de modo a definir a sua meta de redução para 2020.


A organização convida todos os interessados a participar.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"Morro no Altar de Mim", de Ricardo Cardoso no TMG



Mais um artista de Seia merece destaque este mês, no panorama cultural nacional.
Desta vez é Ricardo Cardoso, que durante este mês de Outubro tem patente uma exposição de pintura – “Morro no Altar de Mim”, no Café Concerto do TMG – Teatro Municipal da Guarda.
«Através de 15 desenhos divididos em três painéis, onde o processo criativo passa pela auto representação, e a procura de uma representação corporal expressiva, vai-se dando inicio ao processo de libertação, individualização, desindividualização e intelectualização do ser. Afinal qual o peso do nosso corpo naquilo que somos? », explica o autor.
A exposição tem entrada livre e pode ser visitada durante o horário de funcionamento do Café Concerto.
Ricardo Jorge Santos Cardoso nasceu em Seia no ano de 1982. Tem o curso de Artes e Ofícios da Escola Secundária de Seia e o curso de Conservação e Restauro de Madeiras – Arte Sacra, do Cearte em Coimbra.
Licenciado em Artes/ Desenho na Escola Superior Artística do Porto – Guimarães, trabalha em conservação e restauro. É sócio da Argo (Associação Artística de Gondomar), e membro da Artis (Associação de Arte e Imagem de Seia).
Regista no seu currículo várias exposições individuais e colectivas realizadas desde 2002 em vários pontos do país.
Em 2002 foi distinguido com uma Menção honrosa na área da pintura no 7º Concurso de Arte Jovem na Casa D. Ana Nogueira em São Romão.
Em 2010 foi homenageado pelos artistas de Seia no âmbito da ARTIS IX e ainda nesse ano, participou na Bienal da Marinha Grande e foi distinguido com Menção Honrosa no Agirarte, de Oliveira do Hospital.



Rede Serra de Estrelas, pela excelência


Teve lugar esta quarta-feira em Seia, a apresentação da “Rede Serra de Estrelas”, um portal que reúne algumas das melhores unidades hoteleiras e restaurantes da região, assim como produtores de produtos locais.
Impulsionada por Joaquim Nobre, esta plataforma poderá dar um contributo significativo para atrair mais turistas à região de Seia e da Serra da Estrela, tendo no centro das preocupações a excelência dos serviços prestados e do conforto proporcionado.
Seia e a região tem muito a ganhar com projectos desta natureza. Pela força e pela dinâmica. Pela criatividade e pela implementação de uma ideia que já deu frutos noutros locais e que certamente também dará aqui.
Não podemos só ver as coisas pelo lado negativo e sobretudo em épocas difíceis, como a que atravessamos, é que estas estratégias têm de ser acarinhadas, apoiadas e enaltecidas.
A apresentação desta rede contou com a presença do Presidente da Câmara e de Rui Soares Franco da Essentia e perto de 50 empresários de hotelaria e restauração da região.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

5ª Mostra Gastronómica do Sabugueiro começa dia 15 com “Sabores de Outono”




O Sabugueiro vai acolher de 15 de Outubro a 12 de Novembro a 5ª. Mostra Gastronómica, que envolve 11 restaurantes daquela aldeia turística.
Organizada pela Associação de Beneficência do Sabugueiro, com a colaboração da Junta de Freguesia, Câmara Municipal, Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, Pão do Sabugueiro e Abrigo da Montanha, a Mostra pretende ser uma iniciativa de promoção dos pratos típicos desta região servidos nos restaurantes locais.
Este ano a referida Mostra vai dar destaque aos chamados “sabores de Outono”, onde os restaurantes vão procurar surpreender com pratos associados a esta época do ano.
Os Restaurantes aderentes situam-se todos ao longo da estrada principal e são: “Mirante da Estrela”, “Abrigo da Montanha”, “O Chocalho”, “Monte Estrela”, “Casa Martins”, “Grelhados da Serra”, “O Nevão”, “Restaurante Mir Alva”, “Cozinha Serrana”, “Ribeira D’Alva” e “Casa da Ponte”.
A organização deixa o convite às pessoas para que visitem o Sabugueiro, a caminho da Serra e saboreiem os pratos típicos num dos seus restaurantes, onde não falta o Cabrito, o Borrego, a Chanfana, o Bacalhau com Pão de Centeio, as Trutas, o Arroz de Carqueja e muitos outros, além do famoso Queijo da Serra, dos enchidos, do presunto e claro, do Pão de Centeio do Sabugueiro.
Durante este período, os restaurantes praticam 15% de desconto nos serviços prestados.

http://www.sabugueiro.pt/