Agora que passou o Congresso sobre turismo da Serra da estrela, organizado pelo Município de Seia no final de Setembro, e porque é importante reflectir-se (e fazer-se) sobre os temas tratados ao longo do tempo, e não apenas naquele tempo, sempre que possa, vou abordar assuntos que lá se falaram.
E hoje vou falar, da comunicação de Laura Ferreira, proprietária da Casa Sant’Ana da Beira, de Paranhos da Beira. Na altura do Congresso gostei da comunicação, mais do que de alguns catedráticos, porque falava a voz da experiência. Ainda esta semana um amigo me falava também dessa comunicação.
Na comunicação sobre a Casa de Sant' Ana da Beira, uma unidade de Turismo de Habitação do concelho de Seia, Laura Ferreira começou pela história da casa e pelas dificuldades atravessadas para a constituir como uma unidade de turismo. A oradora deu realce à importância de: Personalizar, Profissionalizar e Divulgar.
Reparem - Personalizar, Profissionalizar e Divulgar!
Considerando que o Marketing não é exactamente vender um produto, mas, acima de tudo, fazer com que os potenciais clientes comprem o que temos para vender com plena satisfação, e que se tem a percepção de que os turistas saem com uma perigosa frustração.
Nesse sentido, fez algumas sugestões, sobre as quais se deve reflectir (e agir):
O Município de Seia deverá repensar o seu marketing. Seia tem de criar urgentemente a sua personalidade. Uma pista de patinagem no gelo, uma área de diversão, uma exposição, concurso e venda do cão da Serra, uma amostragem da tecelagem com a lã serrana e o que se pode hoje fazer com o burel, uma área dedicada ao vinho, uma área dedicada ao modo de fazer o queijo da serra e requeijão, uma festa da castanha, o tradicional artesanato, a presença de Seia em mais eventos promocionais de turismo de forma global, manter um contacto mais próximo com os canais de televisão e outros meios, para divulgação de bons momentos, encontrar um subtítulo renovado para o “logo” do município, que se ajuste a uma nova dinâmica a implementar.
Enfim, sugere quem sabe, e que está no terreno. Quem recebe turistas, numa unidade personalizada, com profissionalismo. E depois, como todos sabemos, tão importante é fazer como divulgar. Porque podemos ser os melhores do mundo, mas se o mundo não souber, não vem cá desfrutar. E nesse sentido, digo eu, como tenho escrito há muitos anos, nem tudo isto está reservado ao município, mas a todos nós, movendo influências, fazendo contactos, cultivando contactos a vários níveis. Numa perspectiva conjunta, sem individualismos exacerbados ou invejas incontidas. Porque o êxito de uns não pode ser a frustração de alguns.
Enfim, reflexões e contributos para se fazer mais e melhor!
As conclusões do Congresso, no Porta da Estrela, AQUI