Texto de opinião no Jornal de Santa Marinha
O concelho de Seia precisa cada
vez mais do contributo de todos, para valorizar e potenciar os recursos existentes
e para ajudar a contrariar a tendência nacional de emigração que se faz sentir
nos últimos anos.
É evidente que o desenvolvimento
do território se faz pela ação direta dos políticos, através dos partidos
políticos, mas também pelo contributo de todos – empresários, dirigentes e
comunidade em geral. Por isso, é sempre oportuno interrogarmo-nos sobre o que é
que cada um pode fazer pelo seu concelho, pela sua terra, numa perspetiva de
dedicação, paixão e inovação. O município de Seia tem procurado ser uma mola
impulsionadora dessa intervenção comunitária e há resultados concretos bem
visíveis da intervenção de empresas, escolas e outras instituições, através de
investimentos e iniciativas mobilizadoras.
Sendo certo que o único motor do
crescimento da economia é a criação de empresas, gerando empregos, todos os
esforços são necessários para segurar e atrair investimentos, tendo papel
fundamental as associações empresariais. Assim como a Comunidade
Intermunicipal, que em torno da marca “Serra da Estrela” prepara projetos de
interesse comum para candidatura a fundos comunitários.
Há por isso um esforço coletivo
que deve continuar a acentuar-se, porque esta é uma questão do interesse de
todos os setores, onde se incluem os vários municípios e partidos políticos em
geral. Este é o desígnio que nos une e nos deve mobilizar, assim como na
procura do reforço dos serviços da administração pública. Em defesa do
hospital, para reforço das suas valências, das escolas, do tribunal, do centro
de emprego e reivindicação de melhores acessos. Independentemente de quem
governa, o que nos deve unir é a nossa terra e os seus interesses, para
melhoria das condições de vida das pessoas. Todos somos poucos para procurar
influenciar os governos centrais. Ainda agora, há um alerta que fazemos, para
Câmara e todos nós estarmos atentos à Portaria nº 123 que começa a definir
critérios para as redes nacionais de especialidades hospitalares, à luz do qual
teremos de acautelar o nosso hospital de Seia. Já lancei o alerta na última
reunião da Assembleia Municipal e faço-o aqui também, porque o que fizermos agora
pelo hospital, marcará o seu futuro, para o bem ou para o mal. Por isso, esta é
uma matéria em concreto, de que temos de bater o pé ao governo e indicar à ULS
da Guarda as especialidades que queremos, porque as pessoas do concelho de Seia
têm direito aos melhores serviços de saúde.
Conscientes da noção de
responsabilidade e da limitação dos recursos, porque há cada vez menos dinheiro
para obras físicas, impõem-se novas ideias, firmeza na defesa intransigente dos
melhores serviços e na reivindicação daquilo a que temos direito.
Porque Seia tem futuro!
Seia, 31 de Julho 2014
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