Uma espécie de criativa
No
emaranhado da perfeição, sobre a intenção de bem e melhor fazer, resulta clara
a ideia da importância do estimulo e do impulso, duas espécies que animam e dão
vida ao que somos e ao que fazemos. Como a vida que vai e vem em ondas da cor
do mar, assim vão os nossos impulsos, a andar, animados de estímulos da força
forte que fazemos de vez e tantas vezes em vão. De grandeza variável, à
proporção da vontade, ao sábado ou ao domingo, aos feriados ou dias santos, vamos
e vimos, carregados, a sós ou em bandos, andando, a fazer depender da força e
da circunstância.
No impulso
impelimos e emergimos na perspetiva de obter o melhor resultado, no melhor
estado, em função de perenes ou efémeras perfeições. Uma força centrípeta de
arrebatamento e paixão a fazer fusão, fazendo a amiúde sublinhar virtudes do ímpeto
paralelo que vai da vontade ao ato, seja forte ou fraco.
Impelimos
como emergimos, incitados a suster a força, assente na base dupla do impulso
que a estimulação produz. Munidos de estímulo e impulso, expulsamos laivos de
coragem e ousadia, de noite e de dia, entrecortando a momentos, entre vaipes e
discernimentos. Que a vida é assim, a contas com o que fazemos, com quem e
como, independentemente dos porquês.
E se ousamos, seja qual for a causa, há o meio e o canal, a forma e o caminho,
a condicionar o conteúdo. Muitas vezes esperando, outras nem tanto,
subestimando e levando a atos irreflectidos, mudando o que somos, na causa das
coisas que supomos. No ímpeto que provocamos, tantas vezes desanimamos e
ansiando seguimos, seguros da fragilidade dos factos.
Estímulo e
impulso, impulso e estímulo. Ora um, ora outro, desobedecendo a vontades ou
desejos, seguem em nós desejosos da transformação da “coisa”. E através do
impulso, estimulado pelo lado do outro, pode sempre seguir o séquito das
sobranceiras inquietudes, das profundezas em fraquezas até ao alto das
virtudes. Se o impulso tende ao lado nervoso, activando neurónios, já o estímulo
apela mais ao físico, interno e externo, acabando por disparar impulsos. E um
vai do outro, como o outro vai ao encontro do mesmo e no final de contas,
seguem de braço dado a cantar vitórias.
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