terça-feira, 26 de março de 2013

Senalonga, de Avelino Cunhal, pelo Senna em Palco, em Seia


27 de março é Dia Mundial do Teatro.
A data foi criada em 1961 pela UNESCO. Neste dia várias organizações culturais apresentam espetáculos teatrais para comemorar o dia.
O teatro é uma arte milenar e funciona como meio de divulgação da cultura de diferentes povos.
Em Seia o grupo de teatro residente na Casa Municipal da Cultura de Seia, “Senna em Palco”, apresenta “Senalonga”, a partir da obra de Avelino Cunhal.
Por ser Dia Mundial do Teatro, o Município abre as portas do Cineteatro ao público com entrada livre, assinalando a efeméride com uma criação própria, de atores locais.

"Senalonga" é um livro escrito pelo senense Avelino Cunhal, pai de Álvaro Cunhal. São histórias da vila de Senalonga (muito possivelmente Seia), terra perdida nas abas de uma grande serra no coração do país. Histórias passadas por volta de 1900 e que terão sido escritas em Lisboa, nos meses de Janeiro e Fevereiro de 1964, onde se consegue retratar com requintes de genialidade pormenores das personalidades da época, situações da governação local, dos figurões da terra, dos anseios das suas gentes, do dia-a-dia da vila.

Avelino Henriques da Costa Cunhal nasceu em Seia a 28 de outubro de 1887, e faleceu em Coimbra a 19 de dezembro de 1966. Em 1922 foi nomeado Governador Civil do Distrito da Guarda e em 1924 foi para Lisboa onde exerceu advocacia, destacando-se na defesa de diversos acusados pela ditadura de crimes contra a nação e práticas subversivas. Foi colaborador das revistas Vértice, Seara Nova e O Diabo. Foi, ainda, dramaturgo, tendo escrito várias peças neo-realistas, sob o pseudónimo de Pedro Serôdio. Os seus trabalhos tinham claras intenções de intervenção social, pelo que foram alvo de censura, por vezes com a própria detenção do autor.

“Senalonga” conta com encenação e imagem de Alexandre Sampaio, dramaturgia de Alexandre Sampaio, Abel Santos e Sofia Borges (e colaboração de Mariana Aires, Paulo Mendes e Fabíola Figueiredo), interpretação de José Abrantes, João Alves, Luís Amaro, Sofia Borges, Carla Ferreira, Fabíola Figueiredo, Alícia Gomez, Adriana Neves, Elsa Pinto, Carla Reis, e Carolina Santos, e tema musical de Tó Zé Novais.


Com produção da Casa Municipal da Cultura de Seia, tem ainda com o apoio da Fundação Portuguesa das Comunicações, Bombeiros Voluntários de Seia, Museu Etnográfico de Seia, Rancho Folclórico de S. Romão, Academia Sénior de Seia, Rádio Cultura de Seia, TexAmira, Restaurante Miralva, Iguarias Soberbas, e AgriSeia- Sociedade de Produtos Agrícolas Lda.

O Grupo “Senna em Palco”, conta com 9 anos de existência, realizou várias produções e participou em diversos festivais, promovendo ainda 6 cursos de iniciação teatral para a comunidade senense.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Câmara apoia associativismo desportivo


Apoios financeiros, no valor de 106 mil euros, atribuídos em função da participação e objetivos alcançados.


 
O Presidente da Câmara Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo, congratulou-se com a atribuição dos apoios financeiros aos clubes do Concelho, relativos à participação e objetivos alcançados na época desportiva transata.

O autarca frisou o esforço que a autarquia tem vindo a fazer no sentido de manter o nível de apoios ao associativismo desportivo, atendendo aos condicionalismos atuais, de todos conhecidos.

Filipe Camelo justifica a manutenção destes apoios com o trabalho notável que as associações desportivas têm vindo a desenvolver, sobretudo ao nível da formação e da promoção da prática desportiva de centenas e centenas de jovens.

Por outro lado, adianta o autarca, “são organizações que movimentam centenas de pessoas da nossa comunidade, pelo que não podemos deixar de apoiar financeiramente as coletividades contempladas, cujo trabalho e sucessos desportivos não podem ser ignorados”.

Só no primeiro trimestre, a Câmara Municipal aprovou, no âmbito do apoio ao associativismo desportivo federado, cerca de 110 mil euros, correspondentes à participação e objetivos alcançados na época 2011/2012.

O futebol, através do Seia Futebol Clube e da Associação Desportiva de São Romão, clubes mais representativos, é uma das modalidades mais apoiadas, assim como o atletismo, onde o Centro de Atletismo de Seia e a Associação Cultural e Recreativa da Senhora do Desterro assumem maior relevância.

Destaque-se, ainda, o surgimento e crescimento do BTT, representado pelo clube BTT de Seia, responsável pelo incremento, prática e desenvolvimento desta modalidade, sendo hoje um dos clubes referência em termos nacionais.

O apoio da Câmara Municipal ao associativismo desportivo vai muito além destes incentivos concedidos anualmente, em função dos índices de participação e objetivos conseguidos. O Presidente da Câmara destaca as parcerias que têm vindo a ser desenvolvidas e que se traduzem na realização de eventos desportivos de grande qualidade e referência, como a Milha Urbana de São Romão ou as provas do calendário nacional de BTT, entre outras, que trazem ao concelho centenas de atletas e pessoas, com reflexos muito positivos na economia local.

Simultaneamente, a ação da Câmara Municipal tem vindo a refletir-se não só na melhoria das instalações desportivas, como também na cedência de espaços, sobretudo escolas ou outros edifícios que fazem parte do património do município, que têm vindo a ser cedidos para a instalação das sedes sociais de algumas associações.

Recentemente, o Município cedeu mais um destes espaços, desta vez em Loriga, ao Grupo Desportivo Loriguense.

Neste domínio, o autarca reconhece a existência de alguns problemas, particularmente em Seia, onde o Seia Futebol Clube não tem sede própria, mas adianta que a Câmara Municipal reunirá com a direção brevemente, no sentido de avançar com uma solução.

sábado, 16 de março de 2013

A aposta de Seia no cinema comercial

Diz o Expresso desta semana que há mais de 200 concelhos em Portugal sem salas de Cinema e que a tendência será para agravar. E que nessa medida, há 3,8 milhões de portugueses sem acesso a cinema, ou seja, 40% da população portuguesa não tem acesso a programação cinematográfica comercial regular.
Felizmente Seia mantém a sua sala, ainda que, com uma média de 4 ou 5 filmes por mês. E digo felizmente, porque com o final dos filmes em suporte de 35 mm (a famosa fita), o município soube antecipar-se, com a aquisição do sistema de projecção digital e 3D. Apesar de vivermos tempos difíceis, apostou neste sector.
 
Por um lado, porque em Seia sempre houve grande tradição de cinema comercial. Chegou a ter quase 30 mil espectadores por ano e fins-de-semana com mil espectadores. Entretanto, os tempos mudaram, mas mesmo assim, a Casa da Cultura fechou o ano de 2012, como foi público, com mais de 10 mil espectadores e com um ligeiro crescimento em relação ao ano anterior.
 
Por outro lado, fez bem o município porque tem no seu calendário cultural vai para 19 anos, o Cine’Eco, importante imagem de marca do concelho, no panorama de festivais internacionais de cinema de ambiente.
 
Ou seja, se o município não tivesse adquirido este equipamento, hoje seria mais um concelho sem sala de cinema e naturalmente sem festival.
 
Governar é decidir e apostar nesta e noutras áreas da cultura para manter Seia como um polo de desenvolvimento cultural, é factor preponderante para que não se dê a imagem de cidade a empobrecer e a definhar.
 
A existência de boas escolas, onde se inclui a Escola Superior de Turismo, a Escola Profissional, o Conservatório de Música, e demais escolas da rede do Ministério da Educação, são factores que complementam e devem continuar a complementar esta aposta cultural, numa estreita articulação com a sociedade civil. E nisso, apostando na cultura e no turismo, o município faz bem, e daí não pode nem deve arredar-se, sob pena de incluir o concelho de Seia no saco de municípios que não têm sala de cinema, mas sobretudo, no rol dos concelhos que não têm futuro.
 
E o tempo passa e a hora de apresentar resultados vai chegando.
 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Cristina Branco e Frankie Chavez no Seia Jazz & Blues


Começa em Seia no próximo dia 4 de abril, a 9ª edição do Seia Jazz & Blues, que este ano tem como cabeça de cartaz Cristina Branco, dia 6 e Frankie Chavez dia 7, na Casa Municipal da Cultura.


Neste concerto no Seia Jazz & Blues, Cristina Branco apresenta um repertório único, uma vez que aos temas do seu novíssimo disco “Alegria”, lançado a 25 de fevereiro, junta músicas que espelham o seu modo de entender a música no seu todo, livre de espartilhos e rótulos. Cristina Branco conta com um percurso artístico de 15 anos e 13 discos editados.

Por sua vez, Frankie Chavez, é considerado um dos mais promissores talentos da nova música portuguesa e tem vindo a ser referido como a mais recente revelação blues do Sul da Europa. A sua música, conjuga diferentes tipos de sonoridades, resultando num Blues/Folk composto por ambientes limpos e por outros mais crus e psicadélicos. Apesar de se identificarem diferentes influências musicais (Robert Johnson, Jimi Hendrix, Kelly Joe Phelps, Ry Cooder), é difícil encontrar um único termo para definir a sua música, o que lhe garante um estilo único e inconfundível.

Por sua vez a Big Band da EPSE, levará o Jazz às escolas do Concelho, no dia 4 e no dia 5 subirá ao palco ao palco do auditório da Casa da Cultura para um concerto de abertura do festival.


A Big Band da EPSE de Seia é um projecto que nasce no âmbito da disciplina de “Projectos Colectivos de Improvisação” do Curso Profissional de Instrumentistas de Sopro e Percussão da Escola Profissional da Serra da Estrela. Com o objectivo de iniciar os seus alunos na área da improvisação, desenvolve um repertório baseado em standarts do Jazz e do Blues, incentivando-os ainda ao desenvolvimento da criação artística.

O Seia Jazz & Blues, que antes acontecia em fevereiro, é organizado pelo município de Seia, e este ano conta com apoio comunitário, no âmbito da Cultrede.


(comunicado imprensa)

terça-feira, 5 de março de 2013

É imperiosa a nossa participação na discussão da alteração do PDM do concelho de Seia


A Câmara Municipal de Seia está numa fase de alteração ao PDM – Plano Diretor Municipal e por isso estamos numa fase importante de orientação estratégica do concelho de Seia, pelo menos para os próximos 10 anos.
O Município e os seus técnicos estão às voltas com os documentos complexos, na medida em que todo o enquadramento assentará num conjunto vasto de instrumentos de gestão territorial de âmbito nacional e regional. Todavia, a Assembleia Municipal terá também um papel importante, uma vez que será ela a aprovar tais documentos.
Nesse sentido, a Assembleia elegeu uma representante para participar nas reuniões de acompanhamento técnico, e mais recentemente a Comissão Permanente já reuniu com o executivo para perceber as linhas orientadoras do referido Plano.
Sabemos que nesta altura, tudo está a mudar, com políticas que assentam cada vez mais em paradigmas de matriz liberal e neo-liberal, com enfoque na redução no nível da intervenção directa do Estado nos domínios económico, social e territorial.
Por isso, o que se planear agora, para o bem ou para o mal, vai ser decisivo para o futuro do nosso concelho. Logo, em nosso entender, será fundamental, antes de mais, fazer-se todo o percurso, desde o início, com a envolvência do debate público, independentemente das linhas que o executivo já tenha previsto para seguir. Se faz sentido o espírito de democraticidade e de ação participada, este é o caso, independentemente do período de discussão pública que por norma está associado à burocracia do processo e que por norma, poucos participam.
Mas o desafio está também no entusiasmo que se colocar na mobilização para o debate.

Para já e neste momento, sabe-se que as linhas estratégicas assentam em 4 pontos essenciais:

1. Competitividade Territorial e Desenvolvimento Económico, entendendo-se o território do concelho como um sistema de valores biofísicos, económicos, sociais e culturais dos quais depende a capacidade competitiva em termos de criação/retenção de emprego, retenção/atracção populacional, capacidade de gerar valor/riqueza.

2. Sustentabilidade Ambiental de modo assumir a promoção ambiental como desígnio e como um factor territorial competitivo.

3. Regeneração Urbana, assumindo a transformação territorial dos lugares, dos espaços urbanos, num perspectiva integrada, envolvendo acções de âmbito material e imaterial, com objectivos de qualidade arquitectónica e urbanística, competitividade, dinamização funcional e afirmação territorial.

4. Coesão Social, Cultura e Criatividade, de modo a concretizar políticas de ordenamento do território assentes na equidade social, solidariedade e no desenvolvimento sociocultural e na afirmação dos valores territoriais.

Estas são linhas teóricas, que importa “trocar por miúdos”, numa perspetiva pragmática, de modo a que o concelho de Seia se fortaleça ainda mais no quadro de desenvolvimento regional e inverta a tendência de “abandono populacional” característica dos povos do Interior do país. Devido ao seu imenso potencial turístico - com paisagem, produtos, qualidade de vida, roteiros, etc. – aliada à necessidade de incrementar ainda mais os produtos locais, a expetativa é de esperança. Esperança nos jovens empreendedores que poderão desenvolver projetos em várias áreas, mas sobretudo nas chamadas indústrias criativas, englobando a valorização das tradições, assim como o incremento de atividades silvo-pastoris.
Como o tempo não está para grandes construções, o mais provável é haver uma aposta na regeneração urbana e nesse sentido, a tendência será, não aumentar as áreas de expansão urbana, mas isso sim, a de encurtá-las nalguns casos.
Seja como for, o tempo é de reflexão, ampla discussão e grande pragmatismo, que os tempos são cada vez mais duros e a realidade muda galopantemente.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Eduardo Nery no CISE de Seia


Faleceu no passado dia 2 de Março em Lisboa, com 74 anos de idade, o artista plástico Eduardo Nery, que em 2012 tinha sido condecorado pelo Presidente da República, como Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.


O público de Seia vai poder ver pinturas de paisagens da serra, oferecidas pelo autor, ainda em vida, a partir de 23 de março até agosto, no CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela.

Eduardo Nery, era mais conhecido pela sua obra de pintura, tendo realizado dezenas de exposições em vários pontos do país e no estrangeiro, mas também desenvolveu trabalhos em outras áreas, como a fotografia ou a gravura.


Também o seu trabalho em azulejo ficou mais conhecido através da obra na estação do Campo Grande do Metropolitano de Lisboa.


Deu um importante contributo para a promoção da arte produzida por autores "fora dos circuitos culturais" e fazia parte direção da Associação Portuguesa de Arte Outsider.


Tapeçaria, pintura mural, colagem ou vitral foram outras áreas onde marcou presença e da extensa lista de exemplos de trabalhos apresentada no seu site na internet constam participações em exposições em diversos países de Espanha ou Alemanha ao Egito, Brasil ou EUA.

Sérgio Reis, no seu blogue ARTES-VIVAS fala-nos do percurso de Eduardo Nery, que era natural da Figueira da Foz.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Abertas inscrições para Festival ARTIS, que decorrerá na Casa da Cultura de Seia


O Município de Seia em parceria com a Associação de Arte e Imagem de Seia vai levar a efeito de 4 de maio a 9 de junho a XI edição da ARTIS – Festival de Artes Plásticas de Seia. O certame decorrerá na Casa Municipal da Cultura e no Posto de Turismo de Seia e constituiu-se como um contributo para a valorização da criação artísticas dos agentes locais, nos domínios da pintura, escultura, fotografia, música e outras áreas criativas.

Por isso todos os interessados em participar, poderão consultar o Regulamento das várias Mostras que vão decorrer. Todas as obras concorrentes à Mostra deverão ser entregues na Casa Municipal da Cultura, até ao dia 15 de Abril de 2013 e os dados para o catálogo das obras selecionadas, deverão ser fornecidos em suporte digital, juntamente com os quadros, até esta data.

Embora possam ser apresentados trabalho com tema livre, o tema sugerido este ano será (DES)FORMATAÇÃO, no sentido em que, se considera que a sociedade atual está demasiado formatada e por ventura a necessitar de novos olhares e atitudes de desformatação, com base em novas ideias e caminhos, fora dos cânones habituais.

A organização lançou também o desafio aos artistas locais para a concepção do Cartaz do Festival, cujas propostas podem ser apresentadas na Câmara Municipal até dia 25 de março.

O Festival ARTIS que este ano não comtempla a parte competitiva, conta ainda com diversas iniciativas paralelas, entre elas workshop’s, ações de animação de rua e uma Mostra de Música Moderna de Seia no dia 8 de junho.

Os músicos interessados em participar nesta Mostra, poderão apresentar até dia 4 de Maio na Casa da Cultura, até três temas originais, com duração até 3,5 minutos cada, em tema livre ou pelo menos um subordinado ao tema do Festival – (DES)FORMATAÇÃO.







www.artisdeseia.blogspot.com