terça-feira, 29 de junho de 2010

Plano de Reequilíbrio Financeiro da Câmara aprovado


A Assembleia Municipal de Seia aprovou hoje o Plano de Reequilíbrio Financeiro (PRF) da Câmara Municipal, que prevê um empréstimo de 45 milhões de euros a liquidar em 20 anos.
O Plano aprovado pela bancada do PS, com a abstenção do PSD, na sequência do que já tinha acontecido na Câmara, reconverte a dívida a bancos e a fornecedores em dívida à banca, sem aumentar o endividamento líquido.

De seguida o documento será enviado ao Tribunal de Contas, a quem compete uma análise das actuais contas da autarquia antes de o Ministério das Finanças visar ou não o mesmo.

Neste plano, são traçadas as linhas de orientação do Município para os próximos 20 anos, sendo que os primeiros anos são de carência, em termos de amortização. Nele são também definidas as medidas tendentes a maximizar a arrecadação de receitas e a redução dos custos correntes da autarquia, bem como as condições de liquidação do empréstimo de longo prazo a contratar.

Numa altura de desequilíbrio estrutural, esta foi a forma do município pôr alguma ordem nas contas, já que dispões de 20 anos, enquanto que o Saneamento financeiro que estava previsto, tinha um prazo de pagamento muito mais curto que não dava margem de manobra.
Nesta fase do campeonato, pode dizer-se muita coisa, mas isso é em parte julgar o passado, que também em parte foi sendo sufragado em sucessivos actos eleitorais e aí o povo, ao votar maciçamente, como votou, dava sinais de que preferia obra feita e desenvolvimento, não ligando tanto ao endividamento.

A Madeira também faz este estilo de governação! Obra e mais obra (!). Nestes casos e salvaguardando as proporções (E o Eduardo Brito não era o Alberto João Jardim!) do que nós precisamos é que venha um dia um governo que nos perdoe a dívida ou parte dela, como às vezes acontece na ilha.
Gastos supérfluos ou desperdícios não, mas endividamento com responsabilidade sim.
É óbvio que há situações que têm de ser corrigidas, mas para isso é que há este tipo de planos. Os tempos não estão nada fáceis. A vida nem sempre corre como se quer. Mas é nos momentos difíceis que se vê quem tem coragem. Quem arregaça as mangas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Seia viva, à noite

Este Sábado à noite foi diferente em Seia. Vários acontecimentos ao mesmo tempo, sem que afinal, nenhum fosse concorrente do outro. Antes complementares. Na fonte das quatro bicas decorria a noite de Santos Populares, promovida pelos Bombeiros de Seia, com sardinha assada, caldo verde, bifanas e música popular. Uma festa agradável, em pleno coração da cidade.

Mais abaixo, no largo da Câmara, surgia a concentração para uma caminhada nocturna por ocasião do dia mundial contra a droga. Uma caminhada urbana que não demorou muito e concentrou um número significativo de pessoas.

Na Casa da Cultura, decorria uma Gala da Escola Profissional da Serra da Estrela, que apresentou uma orquestra de sopros, com alunos do curso de música daquela escola e outros reforços, para gáudio do público que enchia por completo o cineteatro.

Aquilo que aparentemente poderia parecer concorrencial entre si, mais não foi do que complementar, uma vez que, quem quisesse, como eu, ir aos três lados, o poderia fazer perfeitamente. No centro da cidade. Numa noite agradável de Verão.

A isto se chama “Seia Viva”.

O resto é conversa!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Sérgio Reis expõe no Porto

“Grandes transparentes” é o nome da exposição individual do artista plástico de Seia, Sérgio Reis, que estará patente de 26 de Junho a 5 de Julho na Casa da Beira Alta no Porto.








domingo, 20 de junho de 2010

Desemprego aumentou 22 por cento

Aonde é que vamos parar?

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgou hoje os números do desemprego em Portugal. O cenário é muito pouco animador, e Oliveira do Hospital e Seia são os dois municípios da região com maior número de desempregados.


http://www.correiodabeiraserra.com/index.php?option=com_content&view=article&id=3512:desemprego-aumentou-22-por-cento-comparativamente-a-maio-de-2009&catid=53&Itemid=110

sábado, 19 de junho de 2010

Mega agrupamento de Seia



Sobre o novo mega agrupamento de escolas de Seia, recomendo uma leitura deste blogue:

e aqui:



http://educar.wordpress.com/2010/06/11/por-seia/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Fórum Social de Seia

Participei hoje no Fórum Social de Seia, organizado no âmbito da VI Expo Social do Concelho de Seia, organizado pelo Município, sob o tema “Inclusão activa – (Re) Pensar a Cidadania”.
A iniciativa que decorreu no Auditório do CISE, perante assistência interessada e numerosa, revelou-se mais uma vez de grande interesse e profícua em aproveitamento, sobretudo para técnicos, dirigentes, autarcas e demais actores locais.
Da parte da manhã ouvi Henrique Pinto, que é de Seia, e é responsável em Lisboa da CAIS e que tem vindo a ter uma presença e um discurso interessante e firme na defesa dos mais carenciados. Por isso mesmo, hoje voltou a empolgar a plateia com a sua intervenção, centrada no tema “Direitos Humanos e Inclusão Social”.
Para ele, pobre é a terra que obriga a emigrar; a terra que não oferece boas escolas; a terra que se rende á construção desenfreada de lares de idosos.
Mais adiante, no seu discurso inflamado, sem recurso a PowerPoint, porque dá primazia à força das palavras, haveria de dizer, pelo menos estas frases extraordinárias,
- Pobre é aquele que vai direito aos fáceis copos de vinho;
- Educar é cooperar, e não tentar eliminar o outro.
Por isso, disse estar empenhado em criar o “Dia Nacional da Não cobrança”, para ver se conseguimos viver um dia sem cobrarmos nada a ninguém!
Outro desafio, utópico, mas a funcionar como grito de alerta, é a tentativa de tornar a pobreza ilegal em Portugal. E nessa linha, fazer com que o Estado seja penalizado se não reduzir metas impostas para reduzir índices de pobreza.
Mais adiante, Celso Grecco falou da Bolsa de Valores Sociais, uma bolsa á qual podem concorrer projectos de natureza social, através da compra de acções por parte de empresas ou particulares – www.bvs.org.pt

Já na parte da tarde, Edmundo Martinho, Presidente do Instituto de Segurança Social haveria também de dizer que a pobreza se combate com trabalho, uma vez que os subsídios ou os bancos alimentares são mero assistencialismo, que não resolvem o problema da pobreza. São importantes, porque acodem a situações de necessidade, mas não chegam.

Uma vez que se falava de novos desafios à intervenção social, sublinhou-se a importância dos novos negócios, para incremento de pequenas riquezas e no seu efeito multiplicador, ajudando a atenuar o flagelo do desemprego.

No final do Fórum, foi apresentado publicamente o Banco Local de Voluntariado de Seia.
Foi uma jornada de grande alcance social, estando por isso de parabéns o município de Seia e as técnicas e técnicos envolvidos.

As árvores não merecem

Cá estou eu de volta, depois de ter metido uns dias de férias.

Voltei e fui á exposocial nesta quinta-feira á noite. Vim de lá contente, por um lado e triste por outro.

Contente porque participei numa conversa informal sobre direitos humanos, foi animada e com bastante substrato.

E fiquei triste porque verifiquei que cortaram os ramos das árvores, das lindas e frondosas árvores da quinta do CISE, para colocarem barraquinhas das instituições de solidariedade social. Acredito que os biólogos do CISE devem estar destroçados pelo crime que lhe cometeram, ferindo o que o CISE tem de melhor – a sua natureza viva, a sua flora.

Já a ideia de colocar ali barracas para uma feira, não me agrada nada pessoalmente, enquanto cidadão, agora cortarem os ramos daquela maneira?!
Há várias formas de levar as pessoas à quinta do CISE e fazê-las desfrutar daquele magnífico lugar. Mas não desta maneira.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Volto já

Estou de férias até dia 17.
Qualquer coisa que seja preciso, estou no m.branquinho1@gmail.com
Até já.

sábado, 5 de junho de 2010

Agrupamentos escolares de Seia


Várias foram as pessoas que me enviaram cópia de um comunicado da Câmara de Trancoso, sobre o anúncio da concentração dos Agrupamentos daquele concelho.

Nele, o Município “lamenta o teor desta decisão, discorda frontalmente da mesma e informa, que em face desta actuação, não aceitará no actual mandato autárquico, qualquer proposta de transferência de competências, ponderando mesmo, deixar de realizar todo e qualquer protocolo de colaboração”.
Em Seia, deve tomar-se a mesma posição de força, uma vez que o governo quer á força concentrar os actuais 5 agrupamentos (Loriga, Tourais – Paranhos, Escola Secundária, EB 2,3 Dr. Guilherme Correia e EB 2,3 Dr. Abranches Ferrão – Arrifana) num único agrupamento, centralizado na Escola Secundária. A Comunidade de Seia – autarquia e demais órgãos autárquicos, comunidade escolar, partidos e população em geral – não devem resignar-se e exigir que pelo menos três destes agrupamentos se mantenham.

Note-se que falamos de agrupamentos, não do encerramento de qualquer uma destas escolas, porque isso não está em cima da mesa da discussão para o próximo ano lectivo. Estamos longe de tudo, por isso, qualquer medida que s e tome, tem de ser discutida e analisada com os actores locais e deve ter-se em conta aspectos técnicos, mas sobretudo políticos, porque a política existe para resolver os problemas às pessoas.
Outra coisa bem diferente são as escolas do 1º ciclo com poucos alunos e aí, a criança, o seu bem estar, a sua aprendizagem, a sua socialização, estão a cima de qualquer posição política ou bairrista.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Escrever. Debater. Animar


Tem havido muita gente a questionar-me porque é que ultimamente não tenho marcado presença tão frequente no blogue. Tal facto é verdade, mas tem a ver sobretudo com duas questões: uma é falta de tempo, porque voltei a estudar, desta vez para um Mestrado de Animação Artística e outra é porque entendi não me pronunciar muito sobre temas da actualidade em Seia, durante um período.

Todavia, e apesar da falta de tempo que persiste, preparo-me para um dia destes abrir uma nova frente de debate e reflexão dos assuntos da actualidade em Seia. E penso que o devo fazer porque me parece que estamos a entrar num período de silêncios, que me incomoda e constrange grande parte da população. Porque entendo que uma cidade e um concelho que se querem desenvolvidos, deve proporcionar formas de debate e comunicação e de intervenção. E o que verifico é que parece que todos nos acomodamos. O pior de uma comunidade é acomodar-se. Apesar de sermos por vezes prejudicados por dizermos o que pensamos, não nos devemos inibir de contribuir para animar o debate e elevar a qualidade das exigências e propostas.

Positivamente!

Vivemos um período critico, e o que se fizer agora ou não se fizer, marcará inevitavelmente o futuro do nosso concelho para as próximas décadas. E nós, não devemos estar aqui apenas para ver passar os comboios ou darmos boleia a este ou àquele. Temos de ser interventivos, ser massa crítica.

Por isso e pela minha parte, pode ser que me disponha a escrever, a debater e a animar conversas.
A agitar consciências.

A ver vamos.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Informação precisa-se

Há pelo país fora, rumores e notícias sobre mudanças em vários sectores, como resposta á crise que está instalada. Da área do emprego á saúde, passando pelas obras públicas, segurança social e sobretudo pela área da educação, anunciando-se encerramentos de várias escolas.
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Em Seia também há rumores, mas curiosamente, na chamada opinião pública há poucos esclarecimentos sobre o que está a acontecer. As pessoas de Seia, na generalidade devem saber, têm o direito a saber o que se está a passar nos gabinetes de quem decide.
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Fala-se do encerramento de escolas “Primárias” aqui e ali, mas há muita interrogação.
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Suspeita-se que vai deixar de haver no concelho 5 agrupamentos para haver só um, centralizado na escola Secundária. Fala-se, mas a população ainda não sabe bem o que vai acontecer, nem sabe em que ponto vão as negociações. Os partidos não se pronunciam e teme-se que surjam depois, de surpresa e de supetão as decisões. É óbvio que se acredita que o senhor Presidente da Câmara esteja a dar o seu melhor, mas nestas alturas difíceis, todos, na comunidade, políticos, membros da assembleia, pessoas em geral, temos o direito de saber o andamento das situações. Porque se sabe que há muita coisa importante em jogo.
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Não haja dúvida, de que as decisões que hoje forem tomadas, em matéria de reestruturação dos serviços públicos, serão decisivas para os próximos 10 ou 20 anos, pelo menos, e por isso, nunca será demais criar plataformas de discussão e reflexão, tão amplas quanto possível.
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Desculpem, sem querer ofender ninguém, mas os tempos não estão para amadorismos, nem para decisões precipitadas, e repito, sem estar em causa o forte e determinado empenhamento do Presidente da Câmara, é importante que todos saibamos, hoje, porque amanhã pode ser tarde, em que pé se negoceia e que futuro nos espera nesta área tão importante para o desenvolvimento, como é a rede de estabelecimentos de ensino no nosso concelho. Não sou só eu a dizer isto, nestes últimos dias tem havido muita interrogação na população.
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Isto é que é importante, porque o resto é fait - divers.
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Mas vamos aguardar...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Reportagem sobre a ARTIS, na RTP

Reportagem sobre a ARTIS que passou hoje no programa Portugal em Directo, da RTP 1,
(no final da primeira parte do programa), AQUI:


http://ww1.rtp.pt/multimedia/progVideo.php?tvprog=19455&idpod=

Porque caminhamos, afinal?






Porque caminhamos, quando fazemos caminhadas?
Porque andamos, quando passamos muito tempo sentados?
Porque nos fazemos à estrada quando temos a sensação de que não saímos do lugar?
Porque temos a sensação de que nos faz bem caminhar?
Porque desfrutamos nós do ar da serra, tão puro e convidativo ao desfrute?
Porque vamos andando sabe-se lá por onde, caminhos ínvios, guiados por sinais, que as pedras consentem e as giestas fazem?

Saberemos nós responder a estas e outras perguntas, quando nos fazemos ao caminho, por nós, - pela nossa saúde, tantas vezes deliberadamente maltratada - pelos outros e com os outros, em perfeita harmonia, a fugir desse caos de pressa, de nervos e afins a que chamam stress?!
Fazer ao caminho em grupo, em conversa, descontraidamente, sem subterfúgios e sem malícias. Em comunidade. Em convívio real, que vai além do virtual. Que deixa por instantes os caminhos plasmados nos ecrãs da tecnologia e se faz á estrada real. Fisicamente presente, realmente. Mas mesmo assim, com muito simbolismo e significados diversos, além daquilo que é real e perfeitamente decifrável nos horizontes das paisagens, que misturam servum com carqueja, giestas com pedras, e zimbreiros e urzes e narcisos e água e vento e sol e neve e tudo o mais que só aqui sabe tão bem. Aqui no alto da serra, a caminhar sem saber bem afinal porque caminhamos, quando andamos neste desfrute da natureza, que muitos deviam também partilhar, mas por não poderem ou não quererem, não vão, nem sabem o que perdem.
Descontraidamente, porque a serra, como se diz abundantemente, veste-se de mil cores, e sem ser aberrante é bonita, como o vestido da Laurinda, vistosa e atraente, que não falando, diz muito de si e dos seus atributos.

Altas montanhas estas que afinal percorremos e conhecemos, sem saber bem porque o fazemos tão poucas vezes, tendo aqui ao pé da porta esta riqueza imensa que nem se faz anunciar, mas que é bela e não fala nem diz mal de ninguém. Simplesmente convida.

Fotos de Humberto Gonçalves, na caminhada da serra, entre Lagoa Comprida e Vale do Rossim, 29 de Maio de 2010